Calçados de mais valor agregado são ‘armas’ contra produtos chineses.
Veja as novidades da Couromoda, que vai até quinta-feira, em São Paulo.
Sapatos para o dia a dia com brilho e estampas de pele de animais estão entre as mais fortes apostas do setor calçadista para conquistar o consumidor na coleção outono/inverno e aumentar as vendas em 2012.
Na Couromoda, evento do setor que começou nesta segunda-feira (16) em São Paulo e mostra o que estará nas prateleiras a partir de fevereiro e março, o glamour do glitter dourado e prateado aparece em modelos mais básicos como sapatilhas, oxfords e os slippers, tipos de mocassins inspirados nas pantufas da realeza e que ganharam espaço depois de serem lançados pela grife Alexander McQueen no verão europeu.
Valor agregado
Aliar moda e mais valor agregado aos calçados é a arma encontrada pelo setor para combater a concorrência dos preços chineses, de acordo com a estilista Rafaela Furlanetto, da Masiero, que marca gaúcha que produz 3,5 mil pares por dia em sua fábrica em Três Coroas, no Rio Grande do Sul.
“Hoje ninguém precisa sair de casa para saber o que é moda, o que a Prada lançou, o que é moda na Europa”, diz a estilista, que espera que a coleção outono/inverno ajude a esquentar as vendas, que decepcionaram desde o Natal. “A própria feira está bem mais fraca do que nos outros anos”.
A Picadilly, que sempre investiu em calçados confortáveis como carros-chefes da marca, descobriu há dois anos que produtos mais sofisticados são mais difíceis de copiar e, de lá para cá, começou a mudar o perfil da marca – com isso, aumentando em cerca de 20% o preço médio dos produtos vendidos, segundo Cristine Nogueira, diretora de marketing da marca.
“A grande questão é a diferenciação; foi a concorrência chinesa também que motivou essa mudança de estratégia. Não significa aumento de preço, é mudança de perfil de produto mesmo”, garante a executiva. “A cada coleção uma pitadinha mais de moda. A gente não deixa de atender a nossa cliente que já consumia Picadilly, mas atende a mais jovem também, que gosta de moda”, diz.
De 16 a 18/1, das 10h às 20h, e 19/1, das 10h às 17h
Local: Pavilhão do Anhembi
Avenida Olavo Fontoura, 1.209 – São Paulo
Na Couromoda, evento do setor que começou nesta segunda-feira (16) em São Paulo e mostra o que estará nas prateleiras a partir de fevereiro e março, o glamour do glitter dourado e prateado aparece em modelos mais básicos como sapatilhas, oxfords e os slippers, tipos de mocassins inspirados nas pantufas da realeza e que ganharam espaço depois de serem lançados pela grife Alexander McQueen no verão europeu.
Slippers, mocassins inspirados na realeza, são aposta dos fabricantes para o outono/inverno (Foto: Ligia Guimarães/G1)
O setor calçadista luta para combater os produtos chineses e, no ano passado, amargou queda de cerca de 10% na produção, de acordo com a Abicalçados.Valor agregado
Aliar moda e mais valor agregado aos calçados é a arma encontrada pelo setor para combater a concorrência dos preços chineses, de acordo com a estilista Rafaela Furlanetto, da Masiero, que marca gaúcha que produz 3,5 mil pares por dia em sua fábrica em Três Coroas, no Rio Grande do Sul.
Dourado e prateado nas coleções da Masiero. (Foto: Ligia Guimarães/G1)
“Tem que ter valor agregado, identidade, cada vez mais diferencial. Não tem como competir por preço, é impossível”, diz Rafaela, que avalia que interpretar tendências da moda e trazê-las para o Brasil é um dos diferenciais para agradar o mercado interno, que representa 70% das vendas da marca, contra a produção asiática.“Hoje ninguém precisa sair de casa para saber o que é moda, o que a Prada lançou, o que é moda na Europa”, diz a estilista, que espera que a coleção outono/inverno ajude a esquentar as vendas, que decepcionaram desde o Natal. “A própria feira está bem mais fraca do que nos outros anos”.
A Picadilly, que sempre investiu em calçados confortáveis como carros-chefes da marca, descobriu há dois anos que produtos mais sofisticados são mais difíceis de copiar e, de lá para cá, começou a mudar o perfil da marca – com isso, aumentando em cerca de 20% o preço médio dos produtos vendidos, segundo Cristine Nogueira, diretora de marketing da marca.
Cristine, da Picadilly, mostra a coleção antiga e a aposta mais recente da marca: mais moda e valor agregado. (Foto: Ligia Guimarães/G1)
Além do brilho, as peças que estarão nas prateleiras em março têm a forte presença do nobuk, material que há até pouco tempo era tinha menos espaço nas coleções da Picadilly.“A grande questão é a diferenciação; foi a concorrência chinesa também que motivou essa mudança de estratégia. Não significa aumento de preço, é mudança de perfil de produto mesmo”, garante a executiva. “A cada coleção uma pitadinha mais de moda. A gente não deixa de atender a nossa cliente que já consumia Picadilly, mas atende a mais jovem também, que gosta de moda”, diz.
Estampas que imitam a pele de animais, ou animal print, são tendência para a coleção outono/inverno de sapatos. (Foto: Ligia Guimarães/G1)
Para criançasA marca infantil Tiptoe, de Birigui (SP) levou o brilho até para as peças infantis, como tênis. A preocupação com sustentabilidade também é usada como argumento para atrair o consumidor: no caso do Grupo Kidy, quem comprar o tênis da linha Ecokidy poderá devolver o produto quando não servir mais na criança e ganhar um vale de R$ 10 para comprar um tênis novo da mesma linha. Os tênis devolvidos, diz a fabricante, serão reciclados e utilizados para fabricar novos itens da linha.Tênis pode ser devolvido e, reciclado, é usado na fabricação do mesmo modelo (Foto: Ligia Guimarães/G1)
ServiçoCouromodaDe 16 a 18/1, das 10h às 20h, e 19/1, das 10h às 17h
Local: Pavilhão do Anhembi
Avenida Olavo Fontoura, 1.209 – São Paulo
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