Bancários do Recife fazem protestos contra demissões e insegurança

Na Encruzilhada, na Zona Norte, queixa era contra os assaltos frequentes.
Já na Zona Sul, ato foi contra demissões em cinco agências do Itaú.

Do G1 PE

Bancários protestam contra insegurança
(Foto: Hélie Gallimard / JC Imagem/AE)

Dois tipos de protesto marcaram a rotina dos clientes e funcionários de agências bancárias do Recife na manhã desta sexta-feira (20). Após um assalto que deixou um suspeito morto na porta do Bradesco da Encruzilhada, na Zona Norte da capital, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco convocou os funcionários a interromper as atividades para pedir mais segurança. Em outras cinco agências do Itaú, todas no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul, houve manifestação contra demissões, mas sem interrupção do atendimento.
As atividades da agência do Bradesco ficaram interrompidas até o meio-dia. “A população acompanhou a ação e apoiou a categoria. Algumas pessoas chegaram querendo atendimento, mas compreendiam quando esclarecíamos sobre o que se tratava o protesto. Os funcionários acompanharam e também apoiaram. Eles estão muito assustados”, contou a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello. A equipe do G1 entrou em contato com o Bradesco, que não quis comentar o assunto.
A reclamação dos bancários é em relação aos constantes assaltos que vêm acontecendo nas agências do Grande Recife. Segundo o sindicato, estão sendo verificados, inclusive, vários pedidos de demissão por parte de pessoas que não conseguem trabalhar devido à sensação de insegurança. O sindicato disse que após assaltos as agências devem ficar fechadas e que funcionários devem receber atendimento psicológico no mesmo dia.

“O protesto foi no Bradesco, mas vale para todas as outras agências e bancos. É nossa obrigação reclamar junto às empresas mais condições de segurança”, contou a presidente. Uma das sugestões propostas pelo Sindicato é a instalação de portas que impeçam a entrada de objetos de metais nas agências, antes da área de autoatendimento.

Em relação aos protestos no Itaú, a presidente contou que também se estende para todos os bancos. A reclamação fala de demissões de antigos funcionários para a contratação de novos, mais jovens, que recebem um salário menor. A equipe do G1 também entrou em contato com o banco Itaú, que não quis se pronunciar sobre o assunto.