MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Até 110 mulheres do DF devem trocar próteses de silicone, diz secretaria


Anvisa cancelou registro de duas marcas por usarem silicone industrial.
Pacientes sem condições de pagar procedimento podem usar rede pública.

Do G1 DF

Entre 100 e 110 pacientes do Distrito Federal precisam trocar próteses de silicone das marcas PIP ou Rófil, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Saúde e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. As duas marcas tiveram o registro cancelado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início do ano por utilizarem silicone industrial (veja vídeo ao lado).
Segundo a secretaria, nenhuma das cirurgias para colocação das próteses ocorreu pela rede pública. Os procedimentos teriam sido feitos por três ou quatro médicos da rede particular. Segundo a pasta, os próprios cirurgiões estão convocando as pacientes para serem examinadas.

Em reunião realizada nesta terça (24), a secretaria definiu que apenas as mulheres sem planos de saúde ou sem condições de pagar pelo procedimento poderão usar a rede pública. As outras deverão procurar o convênio médico, que, de acordo com as diretrizes divulgadas pelo Ministério da Saúde, deve arcar com os custos do serviço.
Também ficou estabelecida a criação de um ambulatório no Hospital Regional da Asa Norte para atender as pacientes após serem encaminhadas por médicos da rede privada. A prioridade para cirurgias é de mulheres que apresentaram ruptura da prótese, dor ou inflamação após se submeterem a ultrassonografia da mama, fizeram a cirurgia para reconstrução ou têm caso de câncer de mama entre parentes de primeiro grau.
Segundo a secretaria, pacientes que não apresentaram problemas e tiveram implantes com as marcas condenadas também serão avaliadas. Assim como as outras, elas deverão fazer exames periódicos.
Despreocupada
Mesmo sem estar na situação das pacientes que precisam trocar a prótese, uma estudante ouvida pelo G1 disse ficar preocupada com as mulheres que precisam fazer a cirurgia. “Meu médico disse que tem profissional que compra várias marcas, até para quando for oferecer para o cliente ele possa escolher o preço."
A estudante colocou 350 ml em cada seio há três anos e diz nunca ter sentido nenhum dos sintomas sentidos por usuárias das marcas cassadas pela Anvisa. Segundo ela, o médico usou uma marca nacional. “Na época essas [PIP e Rófil] eram até mais baratas, mas meu médico preferiu a brasileira porque, se acontecesse algo, tinha como ligar para a fábrica.”

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