MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tucanos descartam ser vice do PSD de Kassab




Defendido por setores do PSDB, o acordo com o PSD, de Gilberto Kassab, segundo o qual o prefeito paulistano indicaria o cabeça de chapa e os tucanos o candidato a vice-prefeito na eleição de 2012, já é dado como carta fora do baralho por aliados do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

A mais de dez meses da eleição para a Prefeitura de São Paulo, o acerto praticamente naufragou diante da queda na avaliação da gestão de Kassab e do desempenho nas pesquisas de intenção de voto do candidato defendido pelo prefeito, o vice-governador Guilherme Afif Domingos - o porcentual de intenção de voto dele hoje não é maior que o dos quatro pré-candidatos tucanos.
Divulgação da pesquisa Datafolha ontem fez crescer a tese das prévias no PSDB para definir o candidato a prefeito e praticamente ceifou o entendimento com Kassab nos termos apresentados pelo prefeito. Por essa ótica, a sondagem chegou a ser bem recebida por setores do Palácio dos Bandeirantes, que não queriam ceder a cabeça de chapa para o partido do prefeito.
Os tucanos avaliam que Kassab perdeu poder de negociação depois que a pesquisa mostrou que a sua gestão atingiu o menor índice de aprovação: apenas 20% dos paulistanos aprovam a administração atual - na pesquisa anterior, em setembro, o porcentual era de 24%.
Embora ainda cause preocupação em Alckmin, a disputa interna entre os tucanos também se fortaleceu em razão do crescimento da rejeição do ex-governador José Serra, fato que também foi apontado na pesquisa.
O tucano ainda é o candidato predileto de Alckmin. Se resolver entrar na disputa, pode evitar a ocorrência das prévias. O Datafolha, no entanto, mostrou que a rejeição a ele atingiu 35%, o que o afasta ainda mais do projeto municipal, que já era alvo da resistência do ex-governador.
Acordo. Ao abrir as negociações com os líderes tucanos há cerca de dois meses, Kassab afirmou que o seu PSD deveria ter a cabeça da chapa numa aliança com o PSDB em troca do apoio à reeleição de Alckmin em 2014, quando ele seria indicado vice do governador - em 2018, seria o candidato ao governo estadual.
Os tucanos próximos ao governador, que já viam o acordo com desconfiança por achar que levaria o PSDB à inanição no Estado, dizem que a má avaliação da gestão Kassab o coloca em posição frágil e precisando da ajuda do PSDB para ter um candidato que defenda o seu legado. Os críticos do acordo levantam ainda que Kassab, num partido recém-criado, não tem nem tempo de TV para oferecer aos tucanos.
Integrantes do grupo de Serra, que chegaram a defender o acordo com Kassab, depositam agora as fichas na pré-candidatura de Andrea Matarazzo, secretário de Cultura. Se Serra não entrar mesmo no páreo, a ideia é fortalecer o nome de Andrea para, depois, negociar com o PSD.

 

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