MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tucano que teve as asas mutiladas em MT corre risco de não voar mais

 

Ave passa por processo doloroso para retirada dos restos das penas.
Biólogo disse que pássaro foi resgatado de residência após denúncia.

Pollyana Araújo Do G1 MT
Tucano foi mutilado e corre o risco de ficar sem voar (Foto: Pollyana Araújo / G1)Tucano foi mutilado e corre o risco de ficar sem voar (Foto: Pollyana Araújo / G1)
Um tucano que teve as duas asas mutiladas passa por um processo de recuperação extremamente lento e doloroso para que possa ter chances de retornar ao habitat natural, como explica o biólogo responsável pelos animais apreendidos pelo Batalhão Ambiental de Mato Grosso, cabo José Ronoaldo Ferreira. Vítima de maus-tratos, a ave foi resgatada em uma residência localizada em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, há quase um ano.
O tucano teve as asas cortadas rente à pele e para que nasçam novas penas é preciso retirar os pedaços que ficaram. "Quando são cortadas somente as pontas das penas, elas nascem de novo e permite que o animal voe novamente, mas nesse caso é preciso arrancar os restos das penas aos poucos para evitar que o animal sofra muito", afirmou o biólogo, em entrevista ao G1, ao comentar sobre o risco que o pássaro corre de não voar mais caso não passe por esse processo.
O animal foi apreendido por meio de uma  denúncia anônima feita à Polícia Ambiental e o responsável pelo crime foi autuado.
O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) e a Justiça é quem vai definir sobre a penalidade aplicada ao autor dos maus tratos contra a ave. Conforme a Lei 9.605 de 1998, dos Crimes Ambientais, maus-tratos contra animais domésticos, nativos ou exóticos caracterizam crime e podem render pena de detenção de três meses a um ano e multa,
Araras criadas em casa nunca aprenderam a voar (Foto: Pollyana Araújo / G1)Araras criadas em casa nunca aprenderam a voar
(Foto: Pollyana Araújo / G1)
Atrofiamento
Apesar de não terem sido mutiladas, quatro araras que também encontram-se sob os cuidados do órgão ambiental também passam por problemas. Elas não tem chance de voltar à natureza porque não sabem se quer voar. Segundo o cabo Ronoaldo, as aves criadas desde pequenas em cativeiro foram deixadas no Batalhão há cerca de 10 meses.
"Embora não tenham as asas cortadas, elas não voam de modo algum porque viviam em espaços muito pequenos", frisou. Por causa desse atrofiamento, as duas araras-azuis e as duas da espécie canindé terão de viver para sempre no abrigo.

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