Evento que termina neste domingo destacou conceitos.
Elétricos e movidos a célula de hidrogênio tentam formar nicho no mercado.
Basicamente, eram veículos pequenos e elétricos, urbanos, pensados para até 2 ocupantes que façam trajetos curtos, como levar filhos à escola, ir às compras ou ao trabalho. Fazem bastante sentido quando enquadrados em grandes cidades, com cada vez menos espaço (e mais caro) para estacionar, e diante da alta do petróleo e da tentativa de se ter um ambiente mais saudável. Mas ainda se trata de um futuro distante, dizem participantes do salão.
Tamanho 'mini' domina carros futuristas do Salão de Tóquio (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Grandes montadoras já encaixaram -ou planejam para breve- carros elétricos e híbridos em seus portfolios. Mas ainda falta muito para que eles façam frente aos movidos a combustão. A constatação vem de executivos de grandes empresas, como Carlos Ghosn, presidente mundial da Nissan, que disse em Tóquio que os carros elétricos ainda são "poeira" no montante de vendas, e é corroborada por pequenos empresários que investem tudo nesse futuro.O empresário destaca que, mesmo em países de primeiro mundo, a estrutura para os elétricos é pequena. "Ainda há poucos postos de recarga no Japão", diz. "O principal problema é que empresas particulares não podem criar postos porque a energia elétrica aqui só é provida pelo governo, ficamos na dependência do estado."
Volkswagen na espera
No setor dedicado a mobilidade inteligente do salão foram exibidos os já conhecidos Nissan Leaf, Mitsubishi i-Miev e o futuro Volkswagen Golf elétrico, chamado Blue-E-Motion, entre outros. A marca alemã ainda ensaia para colocar a versão "zero emissão" do Golf no mercado -ela foi avaliada pelo G1 em julho passado, na Alemanha.
"Estamos com 8 unidades sendo testadas no momento na Europa", diz Frank Goebel, engenheiro da IAV, empresa parceira da Volkswagen no desenvolvimento de veículos. "O carro está bom, mas queremos que fique ainda melhor, vamos esperar um pouco mais, inclusive com relação à estrutura." Ele acredita que a versão elétrica do compacto Up! será lançada antes do Golf elétrico, mas ainda daqui a 1 ou 2 anos. E diz a Volkswagen deverá desenvolver um elétrico para o cobiçado mercado chinês -Goebel mudou-se para Xangai para trabalhar no projeto.
A Toyota apresentou entre seus conceitos o FCV-R, sigla para Fuel Cell Vehicle, que é um carro movido a célula de hidrogênio. Esse tipo de tecnologia permite uma autonomia maior para o carro elétrico na comparação com as demais opções disponíveism, que dificilmente passam dos 160 km. O conceito japonês, segundo a montadora, roda até 700 km sem precisar de recarga.
No Salão de Frankfurt, em setembro passado, a BMW já tinha apresentado o conceito F 125!, com motor elétrico e e célula de hidrogênio, com 1.000 km de autonomia. Mas a "solução" para a pouca durabilidade da energia dos elétricos também vai demorar para se concretizar: os 2 carros são previstos para não menos do que daqui a 5 anos.
As concorrentes também apostaram em traços ousados e muita cor, além de recursos que deixem o carro cada vez mais alinhado com sistemas de comunicação, como smartphones. O Pivo 3, da Nissan, obedece ao comando do celular e sai sozinho da garagem para esperar o dono. O Fun Vii, da Toyota, tem a carroceria feito uma tela de tablet, onde se pode projetar mensagens e imagens enviadas de um telefone -o que o torna atraente para publicidade, por exemplo.
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