MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

'Se tivesse sido atendida, estaria com a gente', diz filha de morta em hospital

 

Família reclama do descaso e acusa hospital de negligência.
Ministério Público Federal abriu investigação para apurar a denúncia.

Do G1 MS
Juliane afirma que a mãe poderia ter sido salva se tivesse tido atendimento apropriado (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)Juliane afirma que a mãe poderia ter sido salva se tivesse tido atendimento apropriado (Foto: Aliny Mary Dias/G1MS)
"Se minha mãe tivesse sido atendida direito, estaria aqui com a gente hoje", disse ao G1 a auxiliar administrativa Juliane Pereira, de 25 anos, filha da costureira Zenice Pereira, que morreu após cirurgia no Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), no dia 27 de novembro, em Campo Grande. A família alega que houve negligência médica.
Parentes da mulher acionaram o Ministério Público Federal, que investiga o caso. Nesta terça-feira (13), os familiares se reuniram com o procurador Regional dos Direitos Humanos, Felipe Fritz Braga, que pediu à instituição informações sobre o caso.
A assessoria da UFMS informou ao G1 que só vai se manifestar quando a instituição receber uma notificação formal do MPF a respeito da investigação, o que segundo a instituição ainda não aconteceu.
Falta de atendimento
Juliane acompanhou a mãe no pós-operatório. Ela conta que no primeiro dia após a cirurgia, a paciente começou a sentir dores no abdômen e apresentou secreções no local dos pontos. A filha disse ter ficado preocupada e procurado o médico plantonista para saber a respeito dos sintomas.
“Um dos médicos disse que minha mãe estava com uma infecção e que era normal. Ele disse que minha mãe iria sair bem daquele hospital, mas ninguém dava atenção para ela”, disse ao G1 a filha. “Achávamos que ela ia sair de lá bem para passar o natal com a gente e agora está morta”
No dia seguinte, segundo Juliane, a equipe de enfermagem disse que a paciente estava com gases e recomendou que ela andasse para resolver o problema. “Minha mãe chorava de dor e eles queriam que ela levantasse para andar”, disse Juliane.
A costureira continuava sentindo dores e apresentando secreções. A filha disse ter procurado diversas vezes a equipe médica para que a mãe fosse examinada. Ela alega que chegou a gritar pelos corredores em busca de ajuda e não foi atendida.
Pouco antes da morte, segundo Juliane, a mãe reclamou novamente de dores e aparentava estar fraca. A filha foi até um grupo de médicos reunido em uma das salas do hospital. Nenhum deles atendeu ao pedido para analisar quadro da paciente. Ela diz ter convencido um dos enfermeiros a ir até a enfermaria onde Zenice estava internada. O funcionário aferiu a pressão e acionou o restante da equipe.
“Aí sim encheu de gente no quarto da minha mãe, mas já era tarde ela estava praticamente morta", disse Juliane.

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