MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de dezembro de 2011

Indústria de bolsas térmicas dobra produção com chegada do verão

 

Empresário de SP reduziu custos e aumentou produtividade.
Produto personalizado é ‘trunfo’ para conquistar mercado.

Do PEGN TV
Em uma indústria de São Paulo, a produção de bolsas térmicas está superaquecida. Com a chegada da estação mais quente do ano, os pedidos chegam a toda hora, e as vendas dobram. São 80 mil peças por mês.
“A gente duplica o pessoal dos turnos. Chegamos a ter 50% a mais de funcionários. De 70 vamos pra 100 funcionários, porque a demanda vai exigindo isso”, conta o empresário Lucimar Porsi.
Porsi comprou a fábrica de bolsas térmicas em 1991. Ele calcula que, para começar um negócio como o dele, hoje, o investimento é de R$ 150 mil. Com esse dinheiro, é possível alugar e reformar um espaço e comprar máquinas para costurar as bolsas.
As bolsas térmicas são usadas para manter a temperatura de produtos perecíveis – em geral, alimentos. O que segura a temperatura é uma manta que vai dentro, feita de sobra de tecido prensado. Graças a essa colcha protetora, uma água dentro da bolsa se mantém gelada por dez horas.
A produção começa com o corte da matéria prima. Um dos trunfos para conquistar o mercado é a personalização. A empresa faz a bolsa do jeito que o cliente quer. Essa variedade é essencial para garantir mercado, porque 30% dos clientes querem bolsas exclusivas. Juntando ou adaptando os moldes, como num quebra cabeça, a empresa consegue fazer nada menos que 1,6 mil bolsas diferentes.
Nos últimos anos, o empresário fez uma revolução na fábrica para reduzir custos e aumentar a competitividade. A empresa enfrenta a dura concorrência dos importados chineses – que chegam aqui mais baratos.
“Brigamos em tudo: na energia, discutimos horários de pico; 15 minutos horário de café, horário do almoço desligamos a energia, tudo onde se a gente pode tirar. E também reciclamos. Tudo o que sobra de tecido, o que sobra da manta da bolsa, isso vai para o fornecedor, é reciclado, reutilizado novamente pela gente”, conta o empresário.
A produtividade aumentou também com treinamento. As costureiras aprenderam a produzir melhor e mais rápido. Há dez anos, cada uma fazia 300 bolsas por dia.
“Em média eu faço 600 bolsas por dia. Geralmente sai um pouco mais, mas no dia é essa, essa meta que sai”, conta a costureira Elizaide Nunes.
Com a produção em quantidade, a empresa atende toda a demanda do verão. E para enfrentar a queda das vendas no inverno, o empresário desenvolveu outros produtos.
“Nessa época sazonal, inverno, e durante os meses mais fracos, nós trabalhamos com bolsas plásticas, bolsas de PVC, nécessaire, estojos. Então a gente vai acondicionando e também trabalhando num estoque preventivo para o alto verão” , diz Porsi.
A empresa de Lucimar Porci tem hoje mais de 1,5 mil clientes. Com a fábrica reestruturada e em alta atividade, ele já começa a desbancar a concorrência chinesa.
“Nós aprendemos com eles a lidar com nossos custos. E hoje temos custos bem competitivos e temos materiais com tecnologia muito parecida com os chineses. E grandes redes que antes compravam da China estão comprando da gente. A nossa expectativa pra o próximo ano é triplicar nossa produção”, diz.

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