Por causa do mau atendimento, uma criança teria nascido morta.
Coordenador da maternidade nega negligência dos médicos.
No caso de uma delas, a criança não sobreviveu. A mãe estava com 41 semanas de gestação quando foi levada passando mal para a unidade de saúde. O médico havia marcado o parto para a semana seguinte. Segundo a paciente, o menino não se mexia, mas ela teria sido orientada a ficar calma, pois era uma situação normal. Após ser liberada, voltou pra casa em Amarantina, distrito de Ouro Preto, mas sentindo fortes contrações, retornou ao hospital. O bebê nasceu morto, e a família, inconformada, registrou um boletim de ocorrência.
O coordenador da maternidade, Carlos Alberto Sá Grise, alega que existem patologias que podem levar ao óbito fetal intrauterino. Ele afirma, ainda, que não há como o médico se resguardar nessa situação.
Outra gestante chegou ao hospital com a bolsa rompida, mas sem dilatação. Até o bebê nascer, foram vinte e três horas de sofrimento. O pai da criança revela que a esposa teria ficado no quarto durante 17 horas sem atendimento médico. A menina, que carrega uma cicatriz no pé por causa de medicamentos que recebia na veia, também não teria tido os cuidados devidos. Por isso, a mãe acreditava que a filha não resistiria.
A Santa Casa de Ouro Preto é a única maternidade da cidade e ainda recebe grávidas de municípios vizinhos. Muitas mulheres que dependem do serviço dizem que no fim da gestação, passando mal são orientadas a voltar pra casa. Assim, mesmo sem dinheiro, algumas preferem de ultima hora procurar por um atendimento particular.
Foi o que aconteceu com uma grávida que, na 39ª semana de gestação, começou a ter febre, sangramento e dores. Acompanhada de parentes, procurou o hospital de ouro preto. A cunhada teria perguntado ao médico sobre a possibilidade de uma cesariana. 0 profissional teria tido que somente faria a cirurgia mediante pagamento. O parto teria custado R$ 5 mil, quantia conseguida com a ajuda de familiares.
De acordo com Carlos Alberto Sá Grise os médicos do hospital não negam a realização de cesarianas às pacientes.
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