MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Governo quer que hospitais sejam dirigidos por organizações sociais

 

Expectativa é economizar até 30% com a saúde e diminuir a democracia.
Algumas unidades no Estado já são dirigidas por essas entidades.

Do G1 GO, com informações da TV Anhaguera
O Governo de Goiás defende que os hospitais públicos do Estado sejam administrados por Organizações Sociais, as chamadas OSs. Segundo o governo, seria uma forma de tornar mais ágil a compra de remédios. Com a transferência, a expectativa é economizar até 30% com a saúde e diminuir a democracia. O processo licitatório para a compra de remédios, por exemplo, pode chegar a R$ 520. Algumas unidades já são dirigidas por essas entidades
A administração pública dirigida por organizações sociais surgiu no final da década de 90. O novo modelo foi criado para diminuir o peso da máquina estatal e dar mais eficiência aos serviços prestados ao cidadão. O contrato de gestão pode ser feito com entidades privadas e ONGs: “Nem todo mundo tem a sensibilidade de entender que temos que tratar a saúde de forma diferente”, diz o superintendente executivo da Secretaria Estadual de Saúde, Halim Girard.
Para o superintendente, a administração feita por OS pode ser a solução para os problemas da saúde no estado: “Os que tem OS conseguem comprar rapidamente e fazer a adequação de tudo o que eles precisam de forma objetiva e rápida, o que não acontece quando não possuem a OS.”
O Centro de Recuperação e Habilitação Henrique Santillo (Crer) já é administrado por uma OS há quase cinco meses. Para o custeio da unidade, a Secretaria Estadual de Saúde repassa para a organização social R$ 3,5 milhões por mês. O pagamento é feito com base no cumprimento de metas: “Somos fiscalizados pela própria secretaria, pelo Tribunal de Contas, nós temos uma auditoria interna e até o Ministério Público ficaliza”, explica o diretor executivo do Crer, Sérgio Daher.
O novo modelo de administração também foi adotado pelo Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), que atende pacientes de 53 municípios e realiza de 450 a 500 cirurgias por mês: “Se ele não mantiver esse critério de referência inviabiliza o tratamento de pacientes de grandes traumas, que é o nosso foco principal”, afirma Luiz Cláudio Rezende Machado, diretor técnico do Huana.
Experiência Negativa
O Distrito Federal (DF) amarga uma experiência negativa com uma organização social. Está chegando ao fim o contrato de dois anos da Secretaria de Saúde com uma OS da Bahia, que administra o Hospital Santa Maria, um dos maiores do DF. A secretaria pretende voltar a administrar a unidade.
O Hospital tem 1.700 funcionários e atende uma média de mil pacientes por dia. A OS contratada é suspeita de fraude e de não prestar o serviço que atenda aos interesses públicos. Uma mulher teria morrido por falta de atendimento.
Para quem precisa de atendimento pelo SUS, o que importa mesmo é ser atendido: “Não importa se é o governo ou uma organização social que vai gerir. O importante é que o cidadão tenha saúde e é o que está faltando neste estado”, diz o usuário do SUS Marcílio Gomes.

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