Escola em Juazeiro (BA) cria 'moeda' para estimular desempenho de alunos

 

Crianças recebem 'senocas' para trocar por brinquedos no final do ano.
Estratégia foi adotada por professores em unidade municipal de ensino.

Do G1 BA, com informações da TV São Francisco

Os estudantes de uma escola municipal na cidade de Juazeiro, região norte da Bahia, passaram a receber dinheiro de uma "moeda" criada pelos professores, nomeada de "senocas", para estimular o comprometimento deles com os estudos. Em alguns eventos, como o bazar que ocorreu na quinta-feira (15), as crianças puderam gastar a quantia acumulada ao longo do ano letivo "comprando" brinquedos.
O intuito dos professores da Escola Municipal Anália Barbosa é tentar despertar o interesse dos alunos pelos estudos em sala de aula. Para cada livro lido, o aluno ganha dez "senocas". Para quem faz as atividades e não tem faltas, mais cinco "senocas". O bom comportamento leva uma "senoca".
O estudante Felipe da Silva conseguiu juntar mais de cem "senocas" de junho até dezembro deste ano e agora recebe as recompensas pelo rendimento em sala de aula. “Isso eu consegui com muito estudo, sem faltar. Sempre eu vinha para escola e ficava quieto para comprar os brinquedos no fim do ano”, conta. Os brinquedos, roupas e outros objetos vendidos foram arrecadados pelos professores. Foram tantas opções que Delailson Souza não sabia o que levar. “Vou escolher uma aqui. Todos são bons”, diz.

Alunos usam dinheiro para comprar brinquedos
(Foto: Reprodução/TV São Francisco)

O projeto "Senocas" começou este ano quando os professores acertaram que deveriam criar uma estratégia para estimular o gosto dos alunos pelos estudos.
“Analisando os dados de frequência, livros lidos, foi pesquisado muito e pensado em algo. O projeto foi pensado para que se diminuísse a não frequência e aumentasse o número de livros lidos e a tarefa de casa feita. O mais interessante é que aqueles que se deixaram levar pela falta de compromisso hoje sente a necessidade, ele podia ter mais senocas para trocar”, explica a coordenadora do projeto, Denise Farias.