Clima desfavorável também prejudicou a safra na região centro-oeste.
Estado é o maior produtor de lichia do Brasil.
“Infelizmente, houve duas geadas fortes no final de junho e no início de agosto na nossa região. Por isso, houve uma quebra em torno de 50%”, avalia Maeda.
A produção caiu pela metade e a falta de chuva ameaçava aumentar o prejuízo. O produtor precisou irrigar os 2,6 mil pés de lichia. O ácaro, que atingiu o pomar pela primeira vez, também comprometeu a safra deste ano e afetou o desenvolvimento da fruta.
A praga ainda é uma novidade na região. O ácaro da erinose pode ser transmitido pelo vento e pelas abelhas. A planta contaminada apresenta uma camada marrom aveludada. As folhas ficam deformadas e impedem o crescimento da lichia.
“Em alguns países como a Austrália, os produtores têm usado produtos na pulverização á base de enxofre. No Brasil, há produtos à base de enxofre. Mas ainda não se tem nenhum produto comercial recomendado para a cultura. Agora, tem medidas preventivas como fazer a poda dos ramos, evitar a entrada de carros em volta do pomar e fazer a higienização de tudo que for utilizado no pomar”, orienta o engenheiro agrônomo Ronan Gualberto.
Apesar das dificuldades com o pomar, o estado de São Paulo ainda é o maior produtor do Brasil, responsável por 90% da safra. A fruta agradou o paladar dos brasileiros e ganhou mais produtores interessados na cultura. Com mais oferta, o preço do quilo da lichia, que na década de 90 chegou a custar R$ 21, sai do campo por R$ 8. O preço ainda favorece o plantio.
O agricultor que tiver o pomar atacado pelo ácaro da erinose deve procurar um agrônomo da região para saber a melhor forma de combater a praga.
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