MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ANTÍDOTO À MESMICE

DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
No Brasil ninguém dá especial atenção à realização de consultas prévias dentro dos partidos para escolher candidatos a eleições. A tradição é a disputa em convenções ou, mais habitualmente, o acerto de cúpula em torno desse ou daquele nome.

As prévias são vistas mais como um sinal negativo de desorganização partidária do que propriamente como um medidor do grau de democracia interna. Produto talvez do modelo que celebra o conchavo e despreza o papel da sociedade na política brasileira.
O PT enquanto esteve na oposição foi tido como exceção, embora em diversas ocasiões em que se impunha a necessidade da mão pesada o partido não tenha hesitado em recorrer à intervenção "de cima".
Depois de conquistar o poder central - ou melhor, desde quando decidiram se empenhar para conquistá-lo -, os petistas deixaram de lado as veleidades democráticas e aderiram ao padrão vigente.
Ao ponto de a direção anunciar que para as eleições municipais de 2012 a regra é seguir o exemplo da candidatura imposta em São Paulo, arquivar as disputas e fechar questão em torno dos mandamentos da chefia.
Onde há liderança forte, o critério é a vontade do líder. É assim no PT com Luiz Inácio da Silva, foi assim com o antigo PFL em âmbito regional - com destaque para a Bahia de Antônio Carlos Magalhães -, deu certo no PSDB enquanto o partido dispôs de um grupo de referência: Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Tasso Jereissati.

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