MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Alta no preço da carne de cordeiro estimula investimentos na criação

 

Criador do Triângulo Mineiro aumenta área de confinamento.
Procura pelo produto cresce com as festas de final de ano.

Do Globo Rural
O preço da carne de cordeiro registrou alta nos últimos dias. Para aproveitar o momento favorável, os criadores do Triângulo Mineiro ampliaram o plantel e fizeram novos investimentos. O aumento da procura para as festas de final de ano faz com que os produtores tenham dificuldade em abastecer o mercado. "Esse final de ano é bom para todos nós produtores rural. Aumenta em até 50% para quem manda cordeiros para frigoríficos", avalia o criador Cássius Sena.
A prioridade de Sena é a reprodução, mas o criador também trabalha com carne para corte. Ele vende por ano até 400 cordeiros da raça dorper, que é de origem sul-africana. A partir do quinto mês os animais, que já pesam 35 quilos, estão prontos para o abate. No mesmo período do ano passado, o quilo custava R$ 4.
"Hoje, os frigoríficos estão pagando até R$ 5,50 o quilo vivo. A gente tem um custo de aproximadamente R$ 3”, calcula Sena.
De acordo com a Associação dos Criadores de Ovino e Caprinos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a região tem aproximadamente 200 produtores, o que representa 40% de toda produção do estado de Minas Gerais. Quem está no setor acredita que terá falta no mercado desse tipo de carne pelos próximos cinco anos. Por isso, este é o momento para arriscar.
“A demanda do mercado aumentou principalmente com a retirada do ovino que vinha do Uruguai. A partir do início do ano passou a atingir mercados externos e não está mais entrando no Brasil”, explica Cláudio Eduardo Pereira, presidente da associação.
O criador Carlos Henrique, como todos os outros produtores, identifica o impacto da procura. Ele chega a comercializar por ano até mil animais que são criados em uma área de cem hectares. A maioria é da raça meio sangue que vem do cruzamento entre o dorper e o santa Inês. O criador vende para frigoríficos de São Paulo.
A intenção do produtor é aumentar o número de animais para venda. Por isso, ele está construindo outra área de confinamento em um investimento de R$ 50 mil. “Nós também estamos investindo em pastagem, trazendo um capim de melhor qualidade e maior nível de proteína”, diz Henrique.

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