Criador do Triângulo Mineiro aumenta área de confinamento.
Procura pelo produto cresce com as festas de final de ano.
A prioridade de Sena é a reprodução, mas o criador também trabalha com carne para corte. Ele vende por ano até 400 cordeiros da raça dorper, que é de origem sul-africana. A partir do quinto mês os animais, que já pesam 35 quilos, estão prontos para o abate. No mesmo período do ano passado, o quilo custava R$ 4.
"Hoje, os frigoríficos estão pagando até R$ 5,50 o quilo vivo. A gente tem um custo de aproximadamente R$ 3”, calcula Sena.
De acordo com a Associação dos Criadores de Ovino e Caprinos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a região tem aproximadamente 200 produtores, o que representa 40% de toda produção do estado de Minas Gerais. Quem está no setor acredita que terá falta no mercado desse tipo de carne pelos próximos cinco anos. Por isso, este é o momento para arriscar.
“A demanda do mercado aumentou principalmente com a retirada do ovino que vinha do Uruguai. A partir do início do ano passou a atingir mercados externos e não está mais entrando no Brasil”, explica Cláudio Eduardo Pereira, presidente da associação.
O criador Carlos Henrique, como todos os outros produtores, identifica o impacto da procura. Ele chega a comercializar por ano até mil animais que são criados em uma área de cem hectares. A maioria é da raça meio sangue que vem do cruzamento entre o dorper e o santa Inês. O criador vende para frigoríficos de São Paulo.
A intenção do produtor é aumentar o número de animais para venda. Por isso, ele está construindo outra área de confinamento em um investimento de R$ 50 mil. “Nós também estamos investindo em pastagem, trazendo um capim de melhor qualidade e maior nível de proteína”, diz Henrique.
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