MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gado deve ser sacrificado para evitar mal da vaca louca em Mato Grosso

 

Governo intensifica ações para evitar mal da vaca louca no Brasil.
A doença nunca foi registrada em nenhum dos estados brasileiros.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT
Criadores ganham incetivo para aumentar criação de gado. (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Animais vão ser sacrificados por alimentação incorreta em MT.
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Trezentos e cinquenta bovinos devem ser abatidos em Mato Grosso depois que uma fiscalização conjunta entre Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto Mato-grossense de Defesa Agropecuária (Indea), detectou a utilização de proteína animal na alimentação dos ruminantes, o que representa um risco para a disseminação de doenças, entre elas a da 'vaca louca'. As propriedades estão distribuídas entre os municípios de Nova Marilândia, Mirassol D'Oeste, Tangará da Serra, Diamantino e Alta Floresta.
De acordo com o veterinário Donizeti Mesquita, responsável pelo Programa de Prevenção da Vaca Louca e Controle de Raiva em Erbívoros do Mapa em Mato Grosso, a utilização de qualquer proteína de origem animal, exceto produtos lácteos, na alimentação, é proibida. No entanto, identificou-se o uso da chamada cama de aviário, (formada de restos de ração, penas, substratos e fezes). Quando constatada a irregularidade, o proprietário pode ser penalizado judicialmente.
Embora nenhum caso tenha sido registrado no país, o governo mantém o alerta para proteger o rebanho deste mal, já que Mato Grosso possui o maior número de cabeças de gado do Brasil, com quase 29 milhões de animais. O veterinário explica que a cama de aviário oferece riscos sanitários para os bovinos porque no Brasil a ração utilizada para alimentação dos frangos contém entre seus ingredientes a farinha de carne. Este material é descartado, em partes, nas fezes das aves, ou mesmo desperdiçado durante enquanto elas se alimentam.
Em 2011, um total de 32 animais já foram abatidos no município de Denise, a 208 quilômetros de Cuiabá, pela mesma ocorrência. Testes realizados pelo Mapa confirmaram prática semelhante em seis propriedades do estado e outras três esperam resultados laboratoriais. "O produtor é denunciado por crime contra a incoluminade pública - atentar contra a saúde da população humana. É denunciado ao Ministério Público Federal e responderá o processo na Justiça Federal por infração a legislação", declarou o veterinário, ao G1.

Como a cama de aviário corresponde à cobertura que fica no solo depois que as aves são retiradas, ao levar este material e usá-lo para alimentação do rebanho, os bovinos estão suscetíveis às doenças. A importação de animais para o Brasil oriundos daqueles países onde o mal da vaca louca foi detectado também fez o governo intensificar as fiscalizações.

"A vaca louca é a segunda maior barreira sanitária do mundo. A primeira é a febre aftosa. Nenhum país quer tê-la, pois limita e faz a restrição ao consumo da carne bovina. Na Europa, a vaca louca surgiu em 1986 e até hoje eles não conseguiram eliminar, porque a doença é uma incógnita", destacou. A proibição do uso da cama de aviário foi determinada em 1996, quando a doença atingiu a Europa.
Mapeamento
Em Mato Grosso, os municípios foram mapeados de acordo com seu risco para a doença, levando-se em conta a existência de frigoríficos, agricultura, psicultura e suinocultura. Conforme a médica veterinária Daniella Soares de Almeida Bueno, responsável pela Coordenadoria de Controle de Doença dos Animais (CCDA) do Indea, nas propriedades flagradas alimentando o rebanho com cama de aviário, o produto era destinado ao gado leiteiro.

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