MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Força Nacional vai acompanhar a disputa de terras em MS

 

Grupo de pistoleiros invadiu acampamento indígena e levou o líder da tribo.
PF não tem suspeito do ataque nem pistas de onde possa estar o cacique.

Do Globo Rural
A disputa de terras entre fazendeiros e índios, em Mato Grosso do Sul, será acompanhada por integrantes da Força Nacional. O clima na região ficou tenso depois que um grupo de pistoleiros invadiu o acampamento e levou o líder da tribo. O cacique Nísio Gomes está desaparecido há seis dias. A Polícia Federal ainda não tem um suspeito do ataque aos índios nem pistas de onde possa estar o cacique.
A comissão formada por representantes da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República chegou ao acampamento no início da tarde da quarta-feira (23).
O secretário Ramaís Silveira estava acompanhado dos técnicos do governo federal, do superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, de um procurador do Ministério Público Federal e também do coordenador da Funai em Ponta Porã. O grupo chegou ao acampamento escoltado por equipes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança.
“A gente espera conhecendo a realidade a gente possa realmente superar esse problema com vontade política e promover as demarcações. Isso é bom para todos, inclusive para os próprios proprietários rurais, que merecem o respeito assim como os índios. O que não pode mais é a gente conviver com essa violência e constante lesão dos direitos fundamentais das pessoas aqui em Mato Grosso do Sul”, diz Thiago dos Santos Luz, procurador da República.
A fazenda que fica na MS-386, município de Aral Moreira, no sul de Mato Grosso do Sul, foi ocupada por indígenas desde o primeiro dia de novembro. Na última sexta-feira (18), segundo a Polícia Federal, sete pessoas com armas não letais teriam entrado no acampamento. A polícia considera que houve um atentado e três índios que estavam na mesma cabana na hora que os homens chegaram ficaram feridos. Entre eles está o líder indígena Nísio Gomes, que desapareceu há seis dias.
A imprensa não teve autorização para acompanhar a reunião da comissão com os indígenas. Foram três horas de conversa.
“A investigação está sendo feita pela Polícia Federal e levada a cabo com o melhor que eles têm do efetivo. Tão logo possível será dada a público enquanto resultado”, diz Ramaís Silveira, secretário de Direitos Humanos.
Ainda segundo Ramaís Silveira, enquanto houver um impasse sobre a posse das terras, equipes da Força Nacional serão mantidas na entrada da fazenda. A medida foi tomada pelo governo brasileiro para evitar outro conflito na área.
A Polícia Federal considera que as investigações estão bem avançadas. “Os vestígios de sangue estão sendo analisados pela perícia. Pela quantidade de sangue encontrada no local pode se afirmar com convicção que o ferimento que o cacique tenha recebido foi mortal”, revela Edgar Marcon, superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário