MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Capital das compras, SP tem 59 ruas de comércio especializado

 

Em São Paulo, ruas inteiras vendem de bijuterias a vestidos de noiva.
Veja dicas para ir às compras com segurança, conforto e sem perder tempo.

Letícia Macedo Do G1 SP
Rua 25 de Março recebe cerca de um milhão de pessoas diariamente durante época de natal (Foto: Caio Kenji/ G1 )Rua 25 de Março recebe cerca de 1 milhão de pessoas diariamente na época de Natal (Foto: Caio Kenji/G1)
Às vésperas de Natal, São Paulo é o principal destino no turismo de compras no país. Nas 59 ruas de comércio especializado, onde há opções de compra desde bijuterias a vestidos de noiva, lojistas e turistas dedicam parte da sua viagem a escolher presentes. Entre as ruas populares mais procuradas está, sem dúvida, a 25 de Março, que nessa época do ano, chega a receber até 1 milhão de pessoas por dia, segundo estimativas da PM. E engana-se quem acredita que só as classes populares se encantam com a possibilidade de fazer compras a preços competitivos.
 
 A primeira semana da série será no estado de São Paulo. Outros destinos escolhidos serão as baladas na capital, as praias desertas, o turismo religioso de Aparecida e turismo de aventura. Se você tiver dicas de destinos no estado, com descrição e fotos, envie ao VC no G1.)
“Nossos city tours pela cidade passam pela Ponte Estaiada, por Moema, pela Avenida Paulista. E todos terminam na 25 de Março”, afirmou o gerente de produto da CVC, Rafael Ulbanejo. Ele explica que a maioria dos clientes vieram para feiras ou eventos na capital e esticam o período de permanência para conhecer um pouco mais a cidade e fazer compras.
Região da 25 de Março
As ruas da região da 25 de Março são famosas pela venda no atacado e no varejo de roupas, bijuterias, tecidos e outros produtos. Comerciantes garantem que o lucro é garantido. Dona de uma loja que revende celulares e oferece assistência técnica em Catanduva, no interior de São Paulo, Priscila Babeto, de 24 anos, viaja à capital paulista para fazer compras uma vez por mês. As 6 horas de ônibus para ir e para voltar, sem pernoite, são compensadas pelo lucro de até 200%. “É estressante e cansativo, mas vale. Tudo é mais em conta. Fácil não é, por causa do tumulto. Gasto mais de R$ 2 mil com compras cada vez. Na volta, consigo ganhar até R$ 6 mil revendendo”, contou.
Na Ladeira Porto Geral, no Centro, o forte é comércio de bijuterias e de fantasias para crianças e adultos. É possível encontrar perucas, pulseiras, colares, além de artigos para decoração de festas de aniversário. Adereços femininos como bolsas, echarpes e cachecóis também estão por toda a parte.
José Paulino  (Foto: Juliana Cardilli/ G1) Vendedora Quitéria Silva vem a São Paulo a cada
dois meses (Foto: Juliana Cardilli/ G1)
Confecções
A Rua José Paulino, no Bom Retiro, no Centro, é conhecida pelas lojas de roupas femininas. Muitas delas são especializadas em roupas para festas. A rua é parada obrigatória para a vendedora Quitéria Silva, de 42 anos, que mora em Aracaju e vem a São Paulo a cada 2 meses para comprar vestimentas para revenda.

“Compro principalmente roupas femininas, calças, shorts, blusas, vestidos. Eu procuro sempre buscar as promoções, porque para sair de lá e vir tem um custo alto”, contou Quitéria. “Vim com R$ 6 mil. Estou voltando sem nada, gastei tudo. Às vezes consigo o dobro de lucro, às vezes um pouco menos.”

Algumas lojas apenas vendem produtos no atacado. Muitas delas não possuem cabines de troca, por isso, não se espante ao ver as pessoas experimentando as roupas no meio da loja ou disputando um espaço diante do espelho. Caso pretenda experimentar algum modelo, a dica é ir às compras com uma roupa bem justa para que possa ver melhor se a vestimenta que pretende adquirir lhe cai bem. Certifique-se de que você pode trocar as mercadorias caso tenha algum problema.
Próximo à Rua José Paulino, está a Rua São Caetano, no Bom Retiro, especializada no comércio de vestidos e acessórios para noivas e damas de honra. Na “Rua das Noivas”, como é conhecida, é possível comprar um modelo pronto ou alugar um vestido. Estilistas que trabalham nas lojas também desenham modelos sob medida. Debutantes e formandas também costumam recorrer a essas lojas. O acesso é fácil pelo Metrô Luz.

Longe do empurra-empurra das ruas do Centro, outro destino conhecido de quem procura moda feminina é a Rua João Cachoeira, no Itaim Bibi, bairro nobre da Zona Sul, que é um verdadeiro shopping a céu aberto. Além das lojas de várias confecções, é possível encontrar outlets de marcas famosas.
Oscar Freire (Foto: Caio Kenji/ G1)Rua Oscar Freire é um dos centros de consumo de
luxo da capital (Foto: Caio Kenji/ G1)
Oscar Freire
O segmento de luxo movimenta anualmente R$ 4 bilhões na capital paulista. Um dos centros de consumos de luxo é a Rua Oscar Freire, que chama a atenção não só por suas lojas de grifes, mas também pelo cuidado arquitetônico e limpeza – a fiação da rua é enterrada, e as calçadas são largas e limpas.  “Eu gosto muito de uma loja que vende sapatos, camisetas, que só tem aqui. Você não encontra em shopping nem em outro lugar. Tem lojas exclusivas, diferenciadas, e muitas marcas investem em lojas conceito, que oferecem uma experiência diferente”, afirmou a dona de casa Ana Ziegenhon, de 42 anos, enquanto fazia compras com a mãe, a aposentada Regina Valentin, de 71 anos.
Teodoro Sampaio
Já a Rua Teodoro Sampaio, na Zona Oeste, tornou-se uma referência para o comércio de instrumentos musicais. É possível encontrar desde instrumentos tipicamente nacionais até produtos refinados e importados, além de peças de reposição. A rua conta ainda com várias lojas de móveis e roupas.
Atenção com as bolsas
Para evitar transtornos na hora das compras, principalmente, nas ruas comerciais do Centro é preciso ficar atento com os batedores de carteiras. Quando sair para fazer compras, opte por pagar com cartão de débito ou crédito e leve dinheiro apenas para pequenas despesas. Opte por bolsas pequenas e as mantenha sempre na frente do corpo.

TransporteSão Paulo é muito grande e quem não está acostumado com o ritmo intenso deve ficar atento para não perder tempo em congestionamentos. Para quem não quer gastar muito com o transporte ou não tem paciência com o trânsito, vale a pena optar por se deslocar de Metrô, mas é recomendável evitar sempre os horários de pico. As linhas que servem a região central da capital e a Avenida Paulista, onde se concentram os principais destinos turísticos, costumam ser bastante lotadas no início da manhã e no fim da tarde. Fora desses horários, o Metrô paulistano é limpo, organizado e bem sinalizado e permitirá percorrer longas distâncias em pouco tempo.
RelógioÉ preciso organizar o tempo em seu favor. Nos horários de pico procure fazer programas que exijam deslocamentos a pé. Também fique atento aos horários de funcionamento para que as voltas pela cidade não sejam em vão.
Sapatos confortáveisPara conhecer bem a cidade, também é preciso estar disposto a fazer longos trajetos a pé. Não esqueça de trazer na mala um par de sapatos bem confortáveis. Parques, museus e ruas de comércio exigem disposição para caminhar.
Refeições
Reserve tempo e dinheiro para suas refeições. Procure combinar destinos que permitam aproveitar o que a oferta gastronômica da cidade tem de melhor a oferecer. Além de cozinha de vários países, a capital ainda conta restaurantes, para todos os bolsos, que oferecem um vasto menu de comidas regionais, como a mineira, baiana, além dos churrascos e feijoadas.
HospedagemA capital paulista tem mais de 42 mil leitos em 400 hotéis. Há opções de hotéis para todos os bolsos. Na capital, os preços variam entre R$ 80 e R$ 1000, segundo a São Paulo Turismo (SPTuris). Quem estiver em busca de hospedagem, pode visitar o site da cidade de São Paulo onde encontra uma lista constantemente atualizada de hotéis em toda a capital.

Quem não estiver disposto a gastar muito com a hospedagem pode ainda recorrer aos albergues, que têm tarifas mais baratas do que os hotéis convencionais. Alguns deles possuem quartos para casal e família com tarifas diferenciadas. Atualmente, São Paulo conta com 23 hostels que disponibilizam cerca de 1100 leitos. O preço médio da diária dos albergues é de R$ 43, enquanto nos hotéis o valor médio sobe para R$ 232, segundo balanço da Prefeitura divulgado do primeiro semestre.
O ambiente nos hostels é bastante informal. Muitos possuem um bar ou restaurante. Na maioria deles, o hóspede encontra uma cozinha equipada para preparar seu lanche e até lavanderia. Outra vantagem dos albergues é a localização: eles normalmente estão em áreas centrais ou de fácil acesso através de transporte público. Os sites da SPTuris e o site hostelworld.com têm uma lista de hostels.
Programas culturais
Entre uma compra e outra, você pode aproveitar para conhecer alguma das atrações culturais da cidade. A capital paulista fascina pela grandiosidade e pela diversidade. Os números impressionam: são mais de 12,5 mil restaurantes com opções de cozinha de várias partes do mundo, mais de 100 museus, além de inúmeros bares e boates.
* Colaborou Juliana Cardilli

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