MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Secretário de Saúde de Mato Grosso admite que sistema do SUS está falido

 

Pronto-Socorro da maior cidade de MT está fechado para pacientes graves.
Pronto-Socorro de Várzea Grande, cidade vizinha à capital, está sem vagas.

Do G1 MT

O secretário estadual de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry, admitiu nesta quarta-feira (19) que o sistema de saúde está falido ao avaliar a superlotação do Pronto-Socorro de Várzea Grande, região metropolitana, que está recebendo pacientes de Cuiabá. O caos na segunda maior unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado começou há uma semana depois que o Pronto-Socorro da capital fechou as portas para os pacientes em estado grave. A medida foi tomada após o teto do box de emergência desabar, na última sexta-feira (14), durante um forte temporal.
“Nós temos uma falência do sistema porque uma das portas (o Pronto-Socorro de Cuiabá), que por sinal é a maior, está praticamente com uma operação de menos de 10%. Enquanto isso perdurar, nós vamos ter um grave problema”, declarou o secretário de Saúde.
Com o Pronto-Socorro da capital fechado para pacientes de alta complexidade, o Pronto-Socorro de Várzea Grande está superlotado com pacientes sendo atendidos pelos corredores em macas improvisadas e outras sendo atendidas no chão mesmo. Segundo a direção da unidade, a demanda de urgência aumentou 50% e a de baixa complexidade cresceu 20% só na última semana.
Diante do caos, a Defensoria Pública de Mato Grosso entrou com uma ação na Justiça pedindo a restrição da entrada de novos pacientes em estado grave no PS de Várzea Grande. Segundo a Defensoria, os pacientes de acidentes de trânsito, por exemplo, devem ser encaminhados para hospitais conveniados da rede privada de saúde. O Ministério Público também não concorda com a precariedade da unidade e também vai pedir à Justiça a transferência imediata de 42 pacientes que estão recebendo atendimento no chão da unidade hospitalar.
No entanto, para o secretário de Saúde transferir pacientes do PS para os hospitais particulares representa pagar duas vezes pelo mesmo serviço. "Isso apena o estado e a sociedade mato-grossense duas vezes. Nós transferimos recursos para o Pronto-Socorro de Várzea Grande e para o Pronto-Socorro de Cuiabá. Quando o serviço não acontece e o estado é apenado em pagar novamente em outra unidade, isso significa pagar duas vezes pelo mesmo serviço", comentou.
As obras no PS em Cuiabá, porém, não devem ficar prontas tão cedo. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, as obras na chamada Ala Vermelha, que recebe os pacientes em estado grave, devem durar cerca de 15 dias. O teto deste local desabou durante uma forte chuva na semana passada.
De forma paliativa, informou a assessoria, a previsão é que na próxima sexta-feira (21) o box de urgência voltará a funcionar em um local improvisado. Os pacientes vão passar a ser atendidos na Ala Verde, que era destinada para paciente de complexidade menor.

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