MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 18 de outubro de 2011

RS faz alerta sobre danos respiratórios causados por cinzas vulcânicas

 

Nuvem de poeira do vulcão chileno Puyehue atinge cidades no Sul do país.
Idosos e crianças devem reforçar cuidados, diz Centro de Vigilância em Saúde.

Do G1, em São Paulo
Imagem de satélite mostra nuvem se aproximando do Rio Grande do Sul e Santa Catarina nesta terça-feira (Foto: Divulgação/Epagri-Ciram)Imagem de satélite mostra nuvem se aproximando
do Rio Grande do Sul e Santa Catarina nesta
terça-feira (Foto: Divulgação/Epagri-Ciram)
O Centro Estadual da Vigilância em Saúde fez um alerta, nesta terça-feira (19), sobre a presença de cinzas vulcânicas no ar do Rio Grande do Sul. O material suspenso no ar é proveniente do vulcão chileno Puyehue e já cobriu parte de cidades gaúchas e catarinenses desde segunda-feira (17).
O órgão informou que a situação atual não representa problema grave, mas pede que pessoas com saúde vulnerável e que tenham diagnósticos de pneumopatias e cardiopatias, principalmente crianças e idosos tenham mais cuidados.
Equipes da Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade do Ar, da Secretaria da Saúde do Estado, monitoram a situação dos possíveis casos de problemas respiratórios registrados no Rio Grande do Sul.
Veja algumas das recomendações:
- Mantenha-se hidratado, tome pelo menos 2 litros de água por dia;
- Evite esforço físico desnecessário (principalmente os grupos mais vulneráveis à poluição);
- Pneumopatas e cardiopatas devem redobrar a atenção no uso de seus medicamentos de costume e seguir as recomendações médicas para que os sintomas não aumentem e a doença não se agrave;
- Portadores de asma, rinite, bronquite e enfisema devem seguir o uso de medicamentos rotineiros de controle das enfermidades para que os sintomas não aumentem;
- As pessoas que usam lentes de contato devem ficar atentas com maior ressecamento dos olhos.
Voos cancelados
A TAM anunciou que cancelou 12 voos nacionais, na tarde desta terça-feira, por causa do deslocamento de nuvens de cinzas vulcânicas. Segundo a empresa, sete voos que deveriam partir de Porto Alegre deixaram de decolar. Outros três, que deixaram de pousar no aeroporto da capital gaúcha. Outros dois voos, previstos para decolar de Florianópolis também foram cancelados.
A Gol informou que não houve cancelamentos de seus voos e que segue operando normalmente desde às 10h30 desta segunda-feira (17).
Em meio ao caos provocado nos aeroportos argentinos provocado pelas cinzas do vulcão chileno, um passageiro que tentava embarcar para Montevidéu, no Uruguai, morreu antes de embarcar no voo, nesta segunda-feira.
Segundo balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 21 voos foram cancelados no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Outras quatro decolagens previstas também foram canceladas no Aeroporto Internacional de Florianópolis, de acordo com boletim divulgado às 19h.
Nuvem de cinza vulcânica encobre cidade de Florianópolis nesta terça-feira  (Foto: Divulgação/Kellen Kruscinski/Epagri-Ciram)Nuvem de cinza vulcânica encobre parte da cidade de
Florianópolis nesta terça-feira (Foto: Divulgação/
Kellen Kruscinski/Epagri-Ciram)
A TAM informou que já retomou as operações nos dois destinos (Florianópolis e Porto Alegre) após assegurar que não há riscos para os passageiros e a tripulação.
Passageiros
Os clientes da companhia podem ligar para a Central de Atendimento da TAM antes de se dirigir ao aeroporto para verificar a condição de seus voos ou para remarcá-los. Os números são: 4002-5700 (capitais) e 0800-570-5700 (demais localidades).
A TAM informou ainda que está prestando a assistência necessária aos passageiros afetados por esses cancelamentos. Eles serão reacomodados nas próximas opções de voos disponíveis, temporariamente sem cobrança de taxas.
Meteorologia
Segundo Mariana Liberato, meteorologista do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram), as partículas de cinza vulcânicas passaram pelas regiões central e litoral da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira. Nesta terça-feira, as cinzas reduziram a visibilidade horizontal e vertical em boa parte de Santa Catarina, de acordo com a imagem de satélite acima.
Ainda de acordo com ela, as cinzas foram trazidas pelo jato polar. Com a estabilidade do ar em níveis baixos provocada pelo sistema de alta pressão atuando sobre parte da Argentina, Uruguai e do Sul do Brasil, a cinza vulcânica acaba fazendo parte da névoa seca (com umidade relativa do ar entre 50 e 60%) ser visualizada em baixos níveis da atmosfera. "Normalmente a névoa seca é formada por partículas de poeira em suspensão, quando o ar está muito seco", disse Mariana.
No caso da nevoa seca, a visibilidade fica reduzida para quatro quilômetros na horizontal e com teto baixo de até três mil pés, cerca de 900 metros de altura) na vertical. Isso limita a operação de aeronaves para pousos e decolagens em aeroportos de Santa Catarina.

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