MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de outubro de 2011

Produtores de Goiás estão vendendo látex para indústrias de São Paulo

 

Cada árvore dá em média 800 gramas de látex por mês e quilo sai a R$ 4.
Fazenda com 10 mil seringueiras produz 6 mil quilos do produto no período.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Uma verdadeira poupança rural. Isso é o que pensam os agricultores que resolveram investir no plantio da seringueira. No sudeste de Goiás, já tem árvore produzindo látex, a matéria-prima da borracha. A produção vai para indústrias de São Paulo e o agricultor está satisfeito com os preços.
Todos os dias o produtor rural Hélio Carneiro acorda cedo e vai para o seringal. Com as ferramentas nas mãos, ele mesmo faz a sangria. O trabalho começa com um corte diagonal na seringueira. O líquido branco que sai da árvore é o látex. A seiva continua saindo por cerca de três horas. Quando o pequeno balde enche é hora de colocar um produto para fazer a coagulação do látex. Depois, é só preparar o transporte.
Numa propriedade estão plantadas mais de 10 mil árvores. Cada uma delas produz em média 800 gramas de látex por mês. A coleta acontece o ano todo. A produção na fazenda chega a 6 mil quilos por mês e cada quilo está sendo vendido a R$ 4,00.
Mercado
O látex tem mercado garantido. Quem compra o produto são empresas paulistas, que fabricam borracha. “O preço está bom, depois da lavoura pronta você quase não gasta com ela, é só a mão de obra da gente. É um serviço com o preço mais garantido. Tem crise, mas está no momento do auge da borracha”, avalia.
O produtor contrata apenas um funcionário para trabalhar na época da sangria. O comerciante Valdenei Rodrigues, que mora em Cumari (GO), a 275 km de Goiânia, não dispensa o serviço extra e ainda traz o filho e a mulher para ajudar. “O comércio está muito fraco então a gente tem de fazer uns bicos na roça”, comenta o trabalhador.
Crescimento
Hélio Carneiro é um dos poucos donos de seringal do sudeste de Goiás, mas aos poucos a cultura está crescendo nessa região. A produtora rural Sueli Yoshinago plantou cerca de 700 árvores há pouco mais de dois anos. A fazenda fica próxima a Ouvidor (GO).
“É um investimento que a gente pensou em fazer para o futuro nosso. Nós produzimos goiaba e a goiabeira tem um tempo de vida e produção. Então a gente tem que ver uma coisa mais para frente”, revela Sueli.
As seringueiras já estão bem grandinhas, mas ainda precisam de alguns cuidados como o corte dos galhos que vão nascendo. O investimento é em longo prazo, já que as seringueiras só vão produzir dentro de cinco anos. Mesmo assim, a produtora está otimista.
“Nós fizemos visitas em outros lugares onde o látex já está sendo colhido e, pelo que nós percebemos e vimos, há um bom retorno. É por isto que resolvemos investir [num seringal]”, conclui Sueli.

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