Sem o recurso, água praticamente acaba nos meses de setembro e outubro.
Água potável é consumida pelo fazendeiro e funcionários da propriedade.
Há 15 anos, Arno Bruno Weis produz soja e milho, numa área de 1.500 hectares. Na porta da cozinha, o produtor rural tem a data do último dia em que choveu em sua propriedade [10 de abril até o final de setembro]. Há seis anos ele desenvolveu um sistema de captação de água que o ajuda a enfrentar o período de seca.
Arno Weis conta que quando chegavam os meses de setembro e outubro, a água praticamente acabava. Ele comenta que dessa situação surgiu a necessidade de buscar alternativas. “A gente tinha uma ideia lá do sul, na região da fronteira em São Borja (RS) e Uruguaiana (RS), onde se faz muita contenção de água para a cultura do arroz. Resolvemos fazer a mesma coisa aqui. Então, fomos experimentando e ampliando a novidade”, relata.
A água chuva fica armazenada numa barragem no alto de um morro. Por causa do declive, [a água] atravessa a barreira de contenção de forma natural, ressurgindo mais abaixo numa represa. No percurso, todas as sujeiras são filtradas pelo solo. Como a área é de descida, são necessárias apenas algumas mangueiras para levar a água desse ponto até o reservatório.
A água que sai das barragens de captação vai parar na sede da propriedade, onde é utilizada para o consumo na casa do produtor e também dos quase dez funcionários que moram na fazenda. No total são quase 20 pessoas. E o melhor que ter o abastecimento garantido o ano inteiro, é ter água de qualidade.
“Eu mando seguidamente examinar [a água] porque ela aflora de cima e sempre é constatada que a água é de boa qualidade e potável para beber. Obviamente a gente passa num pré-filtro antes de beber”, observa Arno.
A funcionária da fazenda, Maria Elisabete Daltin, confirma. “A gente mora aqui há vários anos e a água é muito boa para a gente consumir para tudo, inclusive para beber”, confirma.
Com água em abundância, a grama do quintal permanece verde e o jardim, cheio de flores. Na horta, a produção de legumes e verduras é farta e o campo de futebol, usado pelos funcionários, é de dar inveja a muitos times.
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