MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Paralisação dos professores deixa mais de um milhão sem aulas na BA

 

Professores da rede municipal e estadual aderem a paralisação nacional.
"É uma vergonha, toda semana eles param", opina mãe de alunos.

Tatiana Maria Dourado Do G1 BA
Os professores das escolas da rede pública municipal e estadual realizam paralisação de 48 horas, iniciadas nesta terça-feira (25), em toda a Bahia. Mais de 1,2 milhão de estudantes precisam interromper as atividades até quarta-feira (26). Do total, 1,1 milhão é da rede estadual de ensino e 150 mil estudam em escolas municipais, conforme informam as secretarias de educação.
Para a empregada doméstica Noêmia Miranda, mãe de dois alunos de escolas estaduais no bairro da Tancredo Neves, em Salvador, a interrupção das atividades letivas compromete o aprendizado, porque as crianças não têm o mesmo ritmo de estudo quando estão em casa. "É uma vergonha. Toda semana eles [professores] param dois ou três dias, mas na verdade eu nem sei o que eles estão reivindicando. Meus filhos ficam em casa, eu mando eles estudarem, mas dormem, enrolam, vão para a televisão", argumenta.
A mãe acrescenta ainda que as paralisações interferem na programação das férias das crianças. "Para compensar as aulas perdidas, às vezes tem aulas aos sábados, além disso, toda criança fica na escola esperando férias. Isso é motivo de aborrecimento. É justo que eles briguem por salários, mas é melhor que façam uma longa paralisação, como os bancários, só voltando depois que resolver", sugere. Um dos filhos, Eric Miranda, de 12 anos, aluno da Escola Estadual Ignácio Lunelli, diz que o único ponto positivo da suspensão de aulas é poder acordar mais tarde. "Acho bom porque acordo mais tarde, mas é ruim porque já estou na 4ª unidade e atrasa os assuntos para passar de ano e chegar as férias", opina.
Mobilização
A categoria participa das manifestações da semana do servidor público, cuja data é comemorada no dia 28 deste mês (sexta-feira). Um protesto ocorre na manhã desta terça-feira (25), em frente ao Shopping Iguatemi, na capital baiana.
Rui Oliveira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado (APLB), explica que a mobilização desta terça marca o dia da “luta em defesa do serviço público” e pelo pagamento da correção salarial chamada Unidade Real de Valor (URV), que está em negociação com os governos estadual e federal.
“As escolas estão totalmente fechadas. Já amanhã vai ser o dia nacional da luta em defesa da educação e pela garantia do PIB [Produto Interno Bruto] para a educação, que vai reunir professores de todos os estados em Brasília”, comenta Rui Oliveira. Ele acrescenta que cerca de 600 professores da rede pública estão saindo de Salvador em 12 ônibus para a capital federal.
A Bahia tem 1.476 escolas administradas pelo estado e 421 pelo município de Salvador, que juntos somam aproximadamente 46 mil professores – 40 servidores vinculados ao estado e seis à capital.

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