Marca de hospital de São Paulo foi encontrada em forro de bermuda.
Loja onde peça foi comprada, em 2010, informou que não vai se pronunciar.
Como o marido já usou a peça várias vezes, Angélica se mostra preocupada com a saúde da família. "Quando estava lavando a bermuda, eu vi a marca do hospital. A princípio, achei o fato curioso, mas acompanhei a repercussão do fato na televisão e foi aí que a ficha caiu. Independente de ser uma roupa de adulto, eu tenho filhos. Por isso fico preocupada com a imunidade das crianças. Também me sinto lesada como consumidora, porque eu paguei pela peça e não sei quem lucrou com isso", declara a auxiliar administrativa
A bermuda foi comprada em uma loja do Centro de Vitória, em agosto de 2010, mas o gerente do estabelecimento disse que desconhecia o ocorrido e informou que ninguém vai falar sobre o assunto.
Segundo nota da assessoria de imprensa do Hospital Infantil Darcy Vargas, uma das hipóteses em investigação é que o material em questão tenha sido devolvido a um fornecedor que não atendeu a especificações técnicas feitas pelo hospital no processo de compra do item. Neste caso, o enxoval não teria sido utilizado dentro do hospital. A assessoria do hospital informou que não doa e nem comercializa seus enxovais.
Na nota, a assessoria ressalta que o Hospital Darcy Vargas mantém rigoroso processo de higienização de seu enxoval, em lavanderia hospitalar terceirizada, atendendo todas as normatizações da Vigilância Sanitária com relação ao descarte dos itens.
Esse é o segundo caso no Espírito Santo. Em Mantenópolis, na região Noroeste, um comerciante comprou um lote de calças vindas de Pernambuco. Uma das peças tinha o bolso feito com o tecido da Santa Casa de Belo Horizonte. O homem disse que o bolso também está manchado de sangue.
AnvisaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que o reaproveitamento de lençóis de hospitais brasileiros não é um problema, desde que o descarte do material seja feita de acordo com as regras sanitárias do país.
Outros casos
Casos semelhantes aconteceram em outros estados. Em Caruaru, Pernambuco, um morador também olhou o bolso da calça e viu o carimbo do Hospital São Lucas, de Belo Horizonte. O grupo Santa Casa, responsável pela instituição, informou que não tem conhecimento desses tecidos e que o descarte do material hospitalar segue as normas do Ministério da Saúde.
Na Paraíba, um motorista comprou um lençol de um vendedor ambulante com a marca de um hospital americano. A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pelo desembarque de contêineres com lixo hospitalar vindos dos Estados Unidos. O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, se dispôs a colaborar com as investigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário