MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Justiça determina o fim dos experimentos com animais na UEM

 

Cães da raça beagle eram utilizados no curso de Odontologia.
Denúncia contra Universidade Estadual de Maringá (PR) foi feita pelo MP.

Bibiana Dionísio Do G1 PR
Cães da raça beagle eram utilizados pelos estudantes de odontologia (Foto: Sanja Gjenero/SXC)Cães da raça beagle eram utilizados pelos
estudantes de odontologia
(Foto: Sanja Gjenero/SXC)
A Justiça determinou na terça-feira (18) a suspensão dos experimentos realizados com cães da raça beagle, no curso de Odontologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná. A liminar foi concedida após denúncia realizada pelo Ministério Público (MP) de que os cachorros eram vítimas de maus-tratos. A decisão impede, inclusive, quaisquer outras pesquisas com animais na universidade. Caso a determinação seja descumprida, a UEM está sujeita a multa diária de R$ 5 mil.
Segundo a procuradoria jurídica da universidade, até as 15h40 a instituição não havia sido notificada sobre a ação. De qualquer maneira, a procuradora Sônia Letícia de Mello Cardoso afirmou ao G1 que a UEM é contra qualquer espécie de maus tratos, sejam em animais ou seres humanos, e que segue as orientações do Comitê de Ética em Experimentação Animal (órgão pertencente a UEM) que, a partir das determinações legais, fiscaliza e acompanha todos as pesquisas realizados nos campi na universidade. Além disso, os experimentos no curso de Odontologia estão suspensos.
De acordo com o MP, os animais são mantidos em condições precárias de higiene e utilizados em experimentos odontológicos dolorosos, sem anestesia adequada. O promotor de Justiça José Lafaieti Barbosa Tourinho afirma na ação que a situação de maus-tratos aos animais é visível e que no local onde os cães ficam há medicamentos vencidos (alguns há quase 10 anos).

Ainda de acordo com o promotor, agulhas e seringas contaminadas são reutilizadas. Os cães, de acordo com o MP, são sacrificados com overdose de anestésico e as carcaças são incineradas.

Os supostos maus-tratos se tornaram conhecido pelo MP com a entrega de um abaixo-assinado que continha seis mil assinaturas. O Conselho de Medicina Veterinária (CRMV) do Paraná foi solicitado para realizar uma perícia e confirmou que o local onde estavam os animais era inadequado.

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