MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de outubro de 2011

Família acusa hospital infantil de negligência em Manaus

 

Pais reclamam de cheiro forte de tintas e muita poeira na unidade.
Diretor afirma que tinta usada é de linha hospitalar.

Alan Chaves Do G1 AM
Pronto Socorro Infantil da Zona Leste, mais conhecido como “Joãozinho”, localizado no bairro São José (Foto: Alan Chaves/G1)Pronto Socorro Infantil da Zona Leste, mais conhecido
como “Joãozinho”, localizado no bairro São José
(Foto: Alan Chaves/G1)
Familiares de criança internada no Pronto Socorro Infantil da Zona Leste, mais conhecido como “Joãozinho”, localizado no bairro São José, denunciam que o menino de 9 anos não está recebendo atendimento médico adequado e que obras internas podem ser um fator para o surgimento de infecções.

A auxiliar administrativa Raquel de Oliveira, prima da criança, acredita que a negligência médica e a falta de higiene no local foram os motivos para a morte cerebral do menino, que respira com a ajuda de aparelhos. "Quando chegamos ao hospital, ele estava apenas com suspeita de hemorragia devido uma extração dentária. Em seguida, vieram vários diagnósticos, como infecção e pneumonia," disse Raquel.

Segundo ela, a criança foi levada, no domingo (2), para uma unidade de saúde do bairro da Compensa, Zona Oeste, mas devido a falta de médicos, ele precisou ser transferido para outra unidade. "Como lá não havia dentista cirurgião, fomos encaminhados para o Joãozinho. Ele estava saudável, reclamava apenas de dores por conta da extração", contou ao G1.

Ainda segundo a auxiliar administrativa, ao chegar na unidade, a criança foi diagnosticada com um princípio de hemorragia.

Criança foi transferida no domingo (2), para o Joãozinho (Foto: Alan Chaves/G1)Criança foi transferida no domingo (2), para o
Joãozinho (Foto: Alan Chaves/G1)
Na segunda feira-feira (3), um novo quadro clínico emitido pelo Pronto-Socorro Infantil revelou que criança estaria com pneumonia. No dia seguinte, segundo Raquel, médicos da unidade informaram à família a existência de um coágulo na cabeça e que a criança seria submetida a um processo de drenagem.

Após o procedimento de drenagem, o primo de Raquel não reagiu e foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ser reanimado, segundo a família. "Nos últimos boletins fomos informados que os médicos encontraram um tipo de bactéria no organismo dele, e na quinta-feira (6) ele teve morte cerebral", disse. Ainda segundo ela, os médicos esperam uma decisão da família para desligar os aparelhos.

Raquel de Oliveira denunciou que vasos sanitários próximos à UTI estão sendo trocados sem cuidados necessários para evitar contaminações, e que as crianças têm que inalar o forte cheiro das tintas usadas para a pintura das paredes. "Ainda tem a poeira por causa das obras", denunciou.
Resposta do hospital

O diretor do Pronto Socorro da Zona Leste, Dr. João Lúcio, Joaquim Alves Barros Neto informou ao G1 que a criança deu entrada no Joãozinho com infecção e hemorragia, e foi levado diretamente para a UTI. "É importante destacar que o dente não foi extraído no hospital. A criança já chegou com várias complicações e a equipe fez todo o atendimento necessário para a situação" observou Joaquim Alves.

Quanto ao suposto coágulo relatado pela prima do menino, o diretor disse que, segundo os avós, a criança tem um histórico de má formação do cérebro, mas os pais nunca cuidaram.
Joaquim Alves confirmou que a unidade hospitalar encontra-se em obras, e para proteção dos pacientes, a Vigilância Sanitária e uma Comissão de Inspeção Hospitalar formada por funcionários do Joãozinho, fiscalizam os trabalhos.
"A tinta usada é de linha hospitalar. E para não usar a entrada principal da unidade, foi quebrada a área de uma parede para remoção de entulhos e materiais utilizados" observou o diretor do João Lúcio.
Diretor do Pronto Socorro confirmou que a unidade hospitalar encontra-se em obras (Foto: Alan Chaves/G1)Diretor do Pronto Socorro confirmou que a unidade hospitalar encontra-se em obras (Foto: Alan Chaves/G1)

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