MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Faltam remédios e exames para portadores de epilepsia no DF

 

Secretaria de Saúde informou que medicamento deve chegar nesta sexta.
Cerca de 40 mil são portadores da doença no DF, segundo associação.

Do G1 DF, com informações do Bom Dia DF
Portadores de epilepsia que dependem do serviço público de saúde para fazer o tratamento no Distrito Federal afirmam que faltam remédios na rede pública. Pacientes também reclamam que exames necessários para a cirurgia de correção, indicada para alguns casos da doença, não estão sendo realizados. De acordo com a Associação dos Epiléticos do DF, atualmente há cerca de 40 mil portadores da doença na capital federal.

O frasco do remédio utilizado pelos portadores de epilepsia – valproato de sódio – tem 50 comprimidos e custa cerca de R$ 50. A dona de casa Luciana de Freitas alega que precisa de quase dois frascos por mês e que o preço compromete o orçamento familiar, pois o marido está desempregado. Ela explicou que não consegue o remédio gratuitamente na rede pública de saúde.

“Já liguei para muitos hospitais públicos, para todos os números que a associação me passou. Sempre eles dizem que não tem o remédio e que não tem previsão para chegar”, disse Luciana.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que o medicamento volproato de sódio, de 250 miligramas, está com entrega prevista para esta sexta-feira (21), mas que o de 500 miligramas não tem previsão de entrega porque a compra, sem licitação, foi suspensa pelo Tribunal de Contas do DF.

O governo afirmou ainda que o exame que ajuda a detectar a epilepsia, e indica se o caso é cirúrgico ou não, é feito por meio do programa “Tratamento fora de domicílio”, com trajeto de ida e volta pago, mais ajuda de custo. Caso o resultado do exame indique necessidade de operação, o paciente tem a cirurgia marcada no Hospital de Base.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a compra do aparelho para detectar a cirurgia de correção está em andamento.

No dia 21 de setembro, a Defensoria Pública enviou um ofício à Secretaria de Saúde para cobrar explicações sobre as falhas no tratamento. A cobrança também é feita pela Associação dos Portadores de Epilepsia do DF há pelo menos cinco anos.

A presidente da associação, Rosa Lucena, afirma que sem o exame as cirurgias não estão sendo feitas. “Já fazem cinco anos que não se faz a cirurgia para quem tem epilepsia no DF. A cirurgia traz para o paciente até 90% de cura, porque o paciente vai ficar internado, vai fazer o exame e os médicos vão saber se ele pode fazer a cirurgia ou não”, disse.

A epilepsia é uma doença cerebral crônica que provoca crises de convulsão nos pacientes. De acordo com o neurologista Hudson Mesquita, o vídeo-encefalograma detecta com mais precisão em que parte do cérebro está a doença.

“O exame é feito em tempo real. Você registra as ondas cerebrais, são vários eletrodos distribuídos, se for o caso em todo o cérebro e uma máquina fica filmando o paciente em tempo real”, explicou.

O neurologista afirmou que sem o tratamento adequado, as convulsões podem ser um risco à saúde das pessoas que tem epilepsia. “Eles podem ter quedas que podem ocorrer no súbito. Você não consegue determinar o local que o paciente vai ter a crise. Pode ser na escada, dentro d’água, dirigindo, atravessando a rua. Isso vai causar um risco ao paciente”, disse Mesquita.

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