Com medo de perder a hora, jovens chegam mais cedo para Enem em PE

 

Jovem esqueceu a identidade no 1º dia e quase não consegue fazer prova.
Portões fecham às 12h em Pernambuco, que não está no horário de verão.

Vanessa Bahé Do G1 PE

Bárbara Gregório pegou carona com desconhecida
para buscar cartão (Foto: Vanessa Bahé/G1)

O segundo e último dia de provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), neste domingo (23), os estudantes chegam cedo à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para  responder as questões das áreas de linguagens, códigos e suas tecnologias; e redação e matemática e suas tecnologias. O receio de se atrasar e perder a prova foi o que motivou a jovem Bárbara Gregório, 22 anos, a chegar às 8h50. Ontem, no primeiro dia, a estudante quase não consegue fazer o exame porque esqueceu a carteira de identidade em casa. Como Pernambuco  não entrou no horário de verão, os portões fecham pontualmente ao meio-dia. Não há tolerância para retardatários.
Bárbara, que mora no bairro de Coqueiral, no Recife, teve que voltar para casa para pegar o documento. "Cheguei cedo, às 9h30, encontrei meu bloco e depois percebi que tinha esquecido a identidade. Fiquei muito nervosa e saí correndo pela Federal chorando muito. Uma moça viu e me convidou para ir no carro dela buscar a carteira", conta. A jovem não sabe nem o nome da mulher que a ajudou, mas disse que agradeceu muito pela solidariedade. "Se não fosse ela, não conseguiria ir e voltar de ônibus em tempo. Fiquei tão nervosa que nem lembro o nome da moça", diz.
A estudante acabou fazendo amizades com um grupo de graduandas de Nutrição que vendem água na entrada do Centro de Ciências Sociais e Administração (CCSA) da UFPE. As meninas acompanharam todo o drama de Bárbara e deram o maior apoio. Hoje, Bárbara garante que já conferiu os documentos cinco vezes.
Um grupo de estudantes, que veio do bairro da Madalena, também não arriscou chegar tarde. Os meninos chegaram na UFPE às 9h50 e aguardam a prova tranquilamente no jardim do CCSA.

Estudantes saem cedo do bairro da Madalena para chegar sem sustos à UFPE (Foto: Vanessa Bahé/G1)