MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cacique xavante é preso durante julgamento em Mato Grosso

 

Marvel Xavante foi acusado de ameaçar duas testemunhas de acusação.
Índio é julgado pela morte de um funcionário da Funai.

Do Globo Rural
O cacique Marvel Xavante chegou ao tribunal do júri acompanhado por um procurador da Funai e por um interprete. Ele é acusado de ter assassinado o chefe do posto da fundação em uma aldeia de Água Boa, que fica a 700 quilômetros de Cuiabá, em setembro de 2001. As circunstâncias nunca foram esclarecidas. Floriano Márcio Guimarães foi degolado com um canivete. O índio negou envolvimento no crime.
O julgamento foi interrompido por uma denúncia do procurador da República Marcellus Barbosa Lima. Segundo ele, duas testemunhas de acusação não compareceram ao tribunal por terem sido ameaçadas pelo xavante. Uma delas teria presenciado o crime.
O índio foi algemado e levado para a carceragem. A defesa protestou. “Isso foi uma arbitrariedade terrível. Como se pode conceber que você presuma que o cidadão não comparece em juízo porque o réu está o ameaçando se não tem fato concreto ou nenhum indício de tal situação?”, questiona César Nascimento, procurador da Funai.
De acordo com a decisão judicial o índio deverá ficar preso até o dia 16 de novembro, que é nova data do julgamento, mas o advogado irá recorrer da decisão. O cacique foi levado para o centro de ressocialização de Cuiabá, que abriga presos comuns. A Funai disse que pedirá a transferência dele para outro local.
A família do funcionário morto aguarda há dez anos pelo esclarecimento do crime. As filhas dizem que até hoje não sabem por que o pai foi assassinado.

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