MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 22 de outubro de 2011

Aluno leva promotor e delegado para entrar no local do Enem em Goiás

 

MEC vai entrar com representação contra autoridades por abuso de poder.
Delegado diz que ele e promotor têm livre acesso a locais para nvestigações.

Versanna Carvalho Do G1 GO
Um estudante que não teria levado um documento de identificação com foto para um dos locais de prova do Enem, em Campos Belos (GO), a 484 km de Goiânia, recorreu a um promotor e depois a um delegado e conseguiu fazer o exame na tarde deste sábado (22), depois do horário de fechamento dos portões. Para o Ministério da Educação (MEC) houve abuso de poder; mas, para o delegado que acompanhou o rapaz até a sala de aula, tanto ele como o promotor tem livre acesso ao local e proibi-los de entrar na sala de aula implicaria no crime de desobediência.

Segundo o delegado de Campos Belos, Thiago Alexandre Martimiano da Silva, o problema começou quando um aluno, que ele afirma não saber o nome, esqueceu de levar um documento com foto, obrigatório para a liberação do acesso dos estudantes à sala de prova. O aluno teria acionado o promotor da cidade, que também foi impedido de entrar pela diretora da escola.

Já na escola, o delegado explicou à diretora que o promotor público tem direito a livre acesso àquela escola, já que o papel do Ministério Público é o de investigar, dentre outras coisas, a educação pública. “Eu como delegado estando numa investigação policial também tenho livre acesso aos locais”, afirma.

“A diretora entendeu que impedir a nossa entrada é cometer crime de desobediência”, diz.
O delegado destacou que na sala de aula foi feita um registro em ata para registrar que de fato de que o aluno estava sem o documento com foto e que duas testemunhas afirmaram no mesmo documento, que ele é um aluno do ensino médio matriculado na mesma unidade onde a prova estava sendo aplicada. “Naquele momento, quisemos assegurar o direito de o aluno fazer a prova. Na ata destacamos que a validade da prova deve ser decidida depois pela Justiça”, destaca Thiago Silva.

De acordo com o delegado não houve abuso de poder por parte dele ou do promotor, já que ambos têm livre acesso. O delegado afirmou também que o promotor questionará legalmente a atitude da empresa organizadora do exame e da Secretaria de Educação pela tentativa de impedir os dois funcionários públicos de exercerem suas funções.

Abuso de autoridade
De acordo com a assessoria de imprensa Ministério da Educação (MEC) o órgão entrará com uma representação contra o promotor e o delegado de Campos Belos por abuso de autoridade. A assessoria de imprensa do MEC destaca que ele não pode dar voz de prisão num concurso em edital.

Segundo o MEC, no edital do Enem consta a lista dos documentos válidos para a liberação dos alunos ao local da prova e que o candidato recebeu em casa ou buscou na internet o cartão de informação para saber aonde faria a prova.

Na versão da assessoria de imprensa do Ministério, inicialmente, o aluno chegou à escola dentro do prazo para fazer a prova, mas sem o documento válido ele foi orientado a voltar em casa para buscá-lo. Quando retornou ao local do exame, por volta de 13h15, o portão estava fechado e o candidato já estava acompanhado do promotor. Quando não conseguiu entrar para fazer a prova, saiu mais uma vez, e além do promotor, estava acompanhado do delegado da cidade. Dessa vez, ele conseguiu entrar na sala de aula e fazer a prova, mesmo depois do horário estipulado em edital.

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