MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Prefeitura de Cuiabá inicia processo de estadualização de pronto-socorro

 

Segundo prefeito, documentos foram entregues para que parceria seja feita.
Hospital tem 130 pessoas na lista de espera para cirurgias ortopédicas.

Do G1 MT com informações da TV Centro América
 O prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo, confirmou nesta terça-feira (20) que vai passar a gestão do Pronto-Socorro Municipal da capital (PSMC) para o estado e os serviços deverão ser executados por uma Organização Social, assim como ocorre com o Hospital Metropolitano Lousite Ferreira da Silva de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Segundo o prefeito, a administração municipal já entregou alguns documentos ao estado para que a parceria seja realizada. “O estado vai assumir sem dúvida alguma o pronto socorro. Avançamos bastante na questão burocrática. Os inventários dos equipamentos já foram entregues para o governo, assim como o quadro de servidores efetivos”, informou.
Para o Conselho regional de Medicina (CRM-MT), a mudança de gestão no hospital pode limitar o acesso da população à saúde, assim como acontece no Hospital Metropolitano. “O ponto socorro é um hospital de portas abertas. Todas as pessoas que lá chegam tem que ser atendidas e eu quero saber se é isso que vai acontecer nas OSs. eu tenho muito receio de tudo ser transformado ao mesmo tempo em OSs. Acho que tem que ter cautela”,avaliou.
Na sala do pronto-socorro, onde fica os pacientes à espera de vagas para cirurgias, os 30 leitos estão ocupados. No entanto, segundo a direção do hospital, a lista de espera para as cirurgias ortopédicas é de aproximadamente 130 pessoas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos dois meses o número de cirurgias ortopédicas realizadas no Pronto-Socorro Municipal caiu. Nos meses anteriores a julho, a média era de 100 procedimentos. Em julho, foram 29 e em agosto houve um pequeno aumento, sendo realizadas 35 cirurgias.
O secretário-adjunto de Planejamento e Operações da secretaria municipal de Saúde (SMS), Huark Douglas Corrêa, explicou que o aumento nos procedimentos está associada às cirurgias que o hospital estava realizando nos pacientes seletivos, ou seja, que não eram da unidade. “A intenção da secretaria foi tirar esses pacientes lá de dentro. Então a demanda de cirurgias ortopédicas dentro da unidade diminuiu. A intenção da secretaria foi contratar isso na rede de hospitais ligados ao SUS”, declarou.
Já o prefeito Francisco Galindo argumentou que o número de cirurgias se deve também aos profissionais ortopédicos que atuam no Pronto-Socorro de Cuiabá e explica que outros casos são encaminhados para o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, no qual oito vagas são reservadas para pacientes de Cuiabá. “É uma dificuldade com os profissionais ortopédicos lá do pronto socorro. Já tivemos várias denúncias e isso está acontecendo infelizmente”.
Por outro lado, o Conselho Regional de Medicina avalia que somente as cirurgias emergenciais devem ser realizadas no pronto-socorro, já que a unidade não oferece condições para os demais procedimentos. “Não é culpa dos médicos que estão lá. O que chega na urgência emergência está sendo feita. Mas lá trás na retaguarda eles não tem condições de fazer”, disse a presidente do Conselho, Dalva Neves.
Ainda de acordo com Neves, o problema é que o Metropolitano só atende casos de menor complexidade. “O Hospital Metropolitano não recebe alta complexidade. Ele só recebe aquele paciente agudo”, pontuou.

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