MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Parte da 2ª maior safra de laranja da história do Brasil pode acabar no lixo

 

O preço da laranja caiu em relação ao ano passado e as empresas que transformam a fruta em suco não estavam preparadas para receber tanta produção ao mesmo tempo. A laranja vai e volta.

JORNAL NACIONAL
O Brasil está colhendo a segunda maior safra de laranja da história. Mas a boa notícia virou motivo de preocupação para os produtores.
Os pomares estão muito carregados. É tanta fruta no pé que, para não atrasar a colheita, os catadores precisam ser ligeiros.
A chuva chegou na hora certa. Fez sol na medida exata para o desenvolvimento da florada nos pomares. Os produtores rurais também investiram em tecnologia, usaram mais adubo, mais defensivos agrícolas. Por tudo isso, essa é a segunda maior safra de laranja da história do Brasil. Só perde pra colheita de 1999.
Segundo os produtores serão colhidas 400 milhões de caixas de laranja. E 80% vêm do estado de São Paulo. Depois de colhida, a fruta passa por um processo de seleção e segue para a indústria. Aí começam os problemas para os produtores.
O preço da laranja caiu em relação ao ano passado e as empresas que transformam a fruta em suco não estavam preparadas para receber tanta produção ao mesmo tempo. A laranja vai e volta.
“Ontem recebemos dois caminhões de volta. E para o produtor isso é desgastante”, diz o produtor rural Raphael Juliano.
O presidente da CitrusBR, entidade que reúne as maiores indústrias de exportação de suco de laranja diz que as empresas estão todas operando com a capacidade máxima. Mas não há o que fazer para evitar o prejuízo.
"As 14 fábricas, as maiores empresas de suco de laranja estão todas trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana e ainda arrendaram pequenas indústrias pra conseguir processar toda essa fruta. Mais do que isso não dá para fazer porque a oferta de fruta é muito grande", aponta Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR.

O país só exporta o suco. A fruta in natura é comercializada em feiras livres ou centrais de abastecimento. Mas, com uma safra tão grande, não há destinação para tanta laranja.
“Eu estou colhendo, pagando colheita, pagando frete e destinando a laranja pro lixo”, diz Osni Hessel, administrador da fazenda.

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