MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de setembro de 2011

Mercado de cervejas requintadas ganha espaço em shoppings e bares

 

Só no ano passado, o Brasil fabricou mais de 12 bilhões de litros de cerveja.
As cervejas especiais representam apenas 5% do mercado.

Do PEGN TV
O mercado da cerveja ganha espaço, como as famosas marcas de vinhos. Uma rede de franquia de quiosques de cervejas e produtos relacionados ganha sofisticação em vários shoppings do país.

Em um shopping, do lado de lojas de bolsas, relógios e presentes, está um quiosque só de cerveja. No espaço pequeno, estão 1,4 mil garrafas do que há de melhor no mundo. É o mercado das cervejas especiais que dobrou de tamanho nos últimos cinco anos. E os produtos são requintados, uma cerveja champagne, por exemplo, custa R$ 226 a garrafa.

As cervejas são chamadas especiais porque não têm conservantes e são feitas com cereais maltados – trigo, cevada, aveia ou centeio. O quiosque tem 100 rótulos diferentes de 12 países.

Uma garrafa de uma cerveja brasileira custa R$ 14,90 e é feita com rapadura. Uma belga custa R$ 39,90 e é fermentada dentro da própria garrafa, que tem até rolha para segurar a pressão. Já a cerveja champagne justifica o preço pelo cuidadoso processo de fabricação.

“É uma cerveja produzida na Bélgica envasada na região de champagne, onde ela fica durante um ano passando pelo processo de remoagem, ou seja, a garrafa fica de cabeça pra baixo e um funcionário duas vezes ao dia vira um quarto aos trancos pra que o fermento que é depositado no fundo da garrafa fermente o liquido por igual durante esse um ano, depois ela volta pra Bélgica de onde é comercializada”, explica Rodolfo Alves, franqueador.

Alves lançou a franquia do quiosque de cervejas, em 2010, e já conta com 19 unidades em shoppings centers. É a prova de que a cerveja ganhou status, assim como aconteceu com o vinho há dez anos.

“Hoje você encontra vinhos em casas especializadas, em quantidade bastante variada. Em casas acessíveis, o que não acontecia com a cerveja. E a proposta do nosso negócio está buscando trazer as cervejas especiais, que é um produto que também tem o seu requinte, tem o seu glamour para um local acessível e com um mix bastante adequado”, explica o empresário.

Para montar uma franquia de quiosque de cerveja, o investimento é de R$ 90 mil. O faturamento médio de uma unidade é de R$ 30 mil por mês. O quiosque é do franqueado Eric Petroni. Ele começou em maio deste ano, e não tem do que reclamar. “A média mensal é de 450 garrafas e nesse mês a gente já atingiu já essa meta”, revela.

O quiosque tem freezer e também serve cerveja no balcão. É uma forma de tornar os rótulos mais conhecidos dos clientes. “Um bate papo mais intelectual, com amigos, merece uma cerveja com notas de sabor, de frutas e isso a gente toma corriqueiramente para degustar esses diferentes sabores”, diz Andre Brito, cliente.

As cervejas também são vendidas em kits com baldes, copos e taças, e viram uma opção de presente para a metade dos clientes.

No ramo das cervejas, os números são astronômicos. Só no ano passado, o Brasil fabricou mais de 12 bilhões de litros. É o terceiro maior produtor do mundo. Só perde para a China e Estados Unidos.

E espaço para crescer não falta: as cervejas especiais representam apenas 5% desse mercado. Hoje a rede de franquias vende 40 mil cervejas por mês

“A gente aproveita muito o momento que a economia brasileira vem passando, estabilidade e baixa cotação da moeda americana. Dado que 70% do nosso mix é importado, com isso a gente espera dobrar em 2012 a rede, chegando a 60 unidades”, afirma Rodolfo Alves.

Em um bar, as cervejas especiais inspiraram a gastronomia. A casa surgiu em 2008 com uma proposta diferente. O maior patrimônio do negócio está no cardápio. São mais de 70 combinações entre pratos e cervejas, estudadas, testadas e aprovadas pelo especialista
Eduardo Passarelli.

O empresário levou um ano para preparar o minucioso cardápio. Ele fez dezenas de testes. No final, compôs um menu com petiscos e sanduíches feitos com massa de pizza. “Combinar cerveja com o alimento é uma proposta muito bacana. Diferencial, porque, geralmente, o brasileiro vai lá e toma a cervejinha com petisco. Agora, comer com alguma outra coisa bem requintada é bem gostoso”, afirma Luciana Tadeia, consumidora.

O investimento foi de R$ 1,2 milhão para a reforma do restaurante, estoque e capital de giro. O espaço tem plantas entre as mesas e a decoração é feita com as próprias cervejas, sem contar as dezenas de copos – um para cada tipo de cerveja.

“O copo muda bastante o resultado de uma degustação. Por exemplo, aqui eu tenho um copo para cervejas menos intensas, de sabor menos complexo e o copo de corpo fino ajuda valorizar os sabores”, diz Eduardo Passarelli.

O bar tem um clima de descontração para combinar com as cervejas. Há até um passaporte que premia o consumidor que experimenta a bebida dos mais variados países. A fidelização dá certo: 4 mil clientes vão ao local por mês e o movimento cresceu 32% só no último ano.

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