MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Médicos da Santa Casa de Fortaleza entram em greve e param operações

 

Médicos alegam que repasse do SUS é insuficiente para cobrir o mês todo.
Sindicato quer negociar um complemento do valor com Prefeitura e Estado.

Do G1 Ceará, com informações da TV Verdes Mares
Médicos da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza entraram em greve nesta segunda-feira (19). Médicos cirurgiões e anestesistas reclamam da tabela de pagamentos do Sistema Único de Saúde, alegando que está defasada. “Além de ser uma remuneração ainda muito pequena, não cobre o mês todo. Então, nos dias 20, 21 e 22 os médicos praticamente param e passam o resto do mês sem operar”, afirma José Maria Pontes, presidente do sindicato dos médicos.
A Secretaria de Saúde do Estado informou que não tem um prazo para reajustar a tabela de preços de serviços do SUS. Já a secretaria de Saúde de Fortaleza informou que o repasse de dinheiro para a Santa Casa está em dia e que a paralisação pode ser considerada um rompimento de parceria.
Com a greve, estão suspensas as cirurgias agendadas e que não oferecem risco. Com isso, os médicos dizem que, em média, cerca de 40 cirurgias deixam de ser feitas todos os dias.
De acordo com os médicos, o problema já foi levado para a Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado e cada um teria se comprometido a complementar a tabela do SUS com R$ 40 mil todos os meses. Segundo os médicos, o dinheiro está sendo pago, mas eles garantem que a quantia ainda é insuficiente. “Os médicos querem sentar com Estado e Município para ver quanto é necessário para cobrir o mês todo”, explica José Maria Pontes.
Outra reclamação dos médicos da Santa Casa é o orçamento destinado para o hospital, de R$ 1,2 milhão, que afirmam ser insuficiente. O reajuste foi feito, mas, segundo o provedor da Santa Casa, Luiz Marques, foi insignificante. “Nós tínhamos um contrato com o Município de 2006 a 2008. Firmamos um contrato de 2008 a 2010. Esse contrato sofreu aumento de 2% apenas”, afirma.
Com isso, alega Marques, a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza acaba dependendo mais do SUS. “Na medida em que esses procedimentos não são devidamente remunerados a gente vive estrangulado e cada vez mais dependendo da generosidade do povo cearense”, declara Luiz Marques.
Pacientes
Pacientes que tinham cirurgias marcadas para esta segunda-feira (19) não foram atendimento. O agricultor Antônio Geraldo Magalhães ia tirar um cisto na tireoide, mas teve de voltar pra casa, em Viçosa do Ceará, há mais de 300 quilômetros de Fortaleza. “Já vim querendo fazer a cirurgia para ficar livre disso. Vai fazer dois anos agora em março que foi feita a primeira cirurgia e não deu certo. Tenho que fazer outra, mas não deu certo”, lamenta.

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