MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 18 de setembro de 2011

Mais de 1,3 milhão já se regularizou como empreendedor individual

 

No Brasil inteiro, profissionais informais já podem formalizar próprio negócio.
Arrecadação gera benefícios para o país e para os novos empresários.

Do PEGN TV
No Brasil inteiro, profissionais informais já podem formalizar o próprio negócio. Com a regularização das empresas, a arrecadação gera benefícios para o país e para os novos empresários.

João Batista de Castro fabrica velas e é um empreendedor individual da cidade de São Paulo. Há um ano, ele aproveitou a lei geral das micro e pequenas empresas para formalizar o negócio.

A cada dez minutos, a maquia de Batista produz 40 velas palito e seis velas de sete dias. Sozinho ele comanda um negócio que já fatura R$ 3,5 mil por mês. Tudo dentro da lei.

Com o CNPJ e a nota fiscal em mãos, fica mais fácil negociar com os clientes. “Eu preciso de nota fiscal para poder vender para mercados grandes, ou seja, cliente que tenha uma potência maior do que os mercados pequenos, mercados pequenos geralmente não precisam de nota fiscal”, diz.

Para começar o negócio, ele investiu R$ 5 mil na máquina. O equipamento produz 40 mil velas por mês. A empresa já atende três grandes mercados e oito mercearias. Por isso, as embalagens têm até código de barras.

A formalização também facilita o acesso a financiamentos bancários. João Batista fez um empréstimo para comprar parafina, a principal matéria-prima das velas. Por ter uma empresa regularizada, o juro foi bem menor. Agora, com o estoque lotado, ele também se dedica a um trabalho artesanal. Faz velas flutuantes. E também aromáticas. Como a vela bola, com essência de café.

O negócio formalizado trouxe mais que uma simples realização ao empreendedor. “Eu tenho a tendência de crescer cada vez mais para que eu possa realmente trabalhar tranquilo, pagar as minhas contas em dia normalmente, e aí vou tocando meu barco para frente”, revela.

Um total de 450 quilômetros separam João Batista de outra empreendedora de sucesso, a artista plástica Cristina Barros. Ela montou uma loja em São José Do Rio Preto, no interior paulista. Ela vende só o que produz: quadros, caixas de lembranças, arranjos de bambu. Para ter sucesso, segue um rigoroso planejamento de trabalho.

“Segunda-feira eu dou o fundo em todas as peças que eu preciso, que eu vou trabalhar durante a semana. Na terça-feira eu dou o acabamento em cada uma delas, o tempo é menor. Na quarta-feira eu monto tela. Na quinta, eu pinto as telas que montei na quarta. Então cada dia dá semana eu me organizei para uma coisa”, explica.

Esse planejamento veio com os cursos que ela fez no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

“O Sebrae orienta bastante na parte de planejamento da empresa, e também na parte de finanças, marketing, administração. Nós temos consultorias nessa área, palestras, oficinas, outras atividades, mais que às vezes surgem no Sebrae e servem para todas as pessoas que realmente tenham necessidade ali no negócio”, diz Elisabete Morales Aro, do Sebrae de São José do Rio Preto.

Outra lição é investir em marketing sem gastar dinheiro. A empreendedora fotografa os produtos e coloca as imagens na internet, em duas redes sociais.

A internet também ajuda a conquistar novos clientes. “É uma forma excelente de a gente conseguir passar, através das redes sociais, todo o nosso trabalho, e divulgar para várias pessoas, várias cidades”, diz Cristina.

A formalização aproximou a empresária dos bancos. E permitiu a instalação da máquina de cartão de crédito, usada em 80% das vendas. “Eu fiquei muito tempo na informalidade, trabalhando em casa, porque os impostos são muito altos, e não tinha condição de abrir o próprio negócio. Com a Mei, facilitou 100%”.

Mais de 1,3 milhão de brasileiros já regularizaram seus negócios. O empreendedor individual tem cobertura previdenciária, como auxílio-doença e aposentadoria. A formalização é gratuita e pode ser feita pelo site www.portaldoempreendedor.gov.br.

“Com isso ele tem todos os benefícios da Previdência Social. Ele pode ter sua conta bancária. Ter empréstimos em bancos também. Então o EI dá todos esses benefícios para o futuro empresário”, afirma Elisabete, do Sebrae.

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