MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 25 de setembro de 2011

Fazenda na Holanda é pioneira na criação de mangalarga marchador

 

Família gasta o equivalente a R$ 30 mil por ano com a criação da raça.
O primeiro garanhão importado está com 18 anos.

Do Globo Rural
A fazenda, pioneira na criação de mangalarga, fica no sudeste da Holanda, quase divisa com a Bélgica e a Alemanha. É uma região pacata, onde pequenos povoados, como o de Zeeland, entremeiam a extensa zona rural, que mais se parece com bairros afastados, urbanizados. A cada curva são encontrados ovelhas, gado de leite e muitos cavalos. O cavalo está entranhado nos costumes e na paisagem da Holanda. O país desenvolveu raças próprias como o belo frísio, negro, alto e elegante.
Em um dos pontos da estrada fica o Haras Campo Verde, propriedade de Helmi Stam-Rademaker. “Eu me apaixonei tanto pelo mangalarga que queria pôr na fazenda um nome bem brasileiro. Foi a pessoa que me vendeu o primeiro cavalo, em Belo Horizonte, quem me deu a sugestão”, explica.
A casa de Helmi acaba de ser reformada. Ela conseguiu licença para reconstruir o velho barracão de leite, mantendo o estilo de vigas maciças de carvalho e pinheiro. As partes da sala, da copa e da cozinha formam um mesmo ambiente, separados pelas molduras que antes dividiam a ala de ordenha dos comedouros das vacas.
Nesta altura do ano, o verde do haras fica meio desbotado. Até porque no lugar há uma carga considerável: são 18 animais para uma área que não chega a três hectares. No verão, Helmi consegue manter a tropa só no pasto. Mas, em metade do ano tem que dar reforço no cocho. Ela tem cinco éguas e dois garanhões e o resto são potros, todos de uma docilidade admirável.
“Minha família sempre teve cavalos, mas 20 anos atrás minha irmã teve um problema de coluna. O médico falou que ela não poderia mais montar. Não me conformei com aquilo. Comecei a pesquisar os cavalos de marcha até chegar ao mangalarga. Na década de 90, fui a Belo Horizonte, comprei um garanhão e duas éguas e comecei a criação”, diz Helmi.
Em propriedades pequenas na Europa, praticamente não existe a figura do tratador. Helmi não tem empregados. Além de todas as tarefas de casa, ela mesma é quem cuida dos cavalos. Limpa todo o estábulo, retira o estrume, leva os animais para as baias, refaz as camas e põe comida. De três a quatro horas por dia, fica por conta da tropa. Mas, diz que a trabalheira toda é só prazer.
No haras, Helmi gasta o equivalente a R$ 30 mil por ano, contando feno, ração, veterinário e casqueamento. Mas não tem dinheiro que pague o desfrute que a família e os amigos de Helmi fazem dessa tropa única na holanda. O primeiro garanhão importado, que está com 18 anos, é dócil e cômodo.

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