MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 18 de setembro de 2011

Fazenda de Goiás irriga curral para evitar doenças respiratórias no gado

 

Local é irrigado a cada cinco dias para manter espaço livre de poeira.
Animais são confinados por 80 dias, fazem dieta e engordam 2 kg por dia.

Do Jornal do Campo GO
Neste período de seca, um confinamento em Santa Helena de Goiás mantém um sistema de irrigação nos currais para livrar o gado de doenças respiratórias. Os animais ficam fechados 80 dias, passam por dois tipos de dieta e engordam dois quilos por dia. A Fazenda Santa Fé é considerada modelo no País. São 40 hectares com capacidade para acomodar até 20 mil animais. Ao chegar na fazenda o gado é pesado, vacinado, identificado, e depois vai para os lotes onde começa o processo de engorda.
Todos os 136 currais do confinamento de Santa Helena são irrigados a cada cinco dias. Segundo o engenheiro agrônomo Pedro Merola o objetivo é cuidar da saúde do animal e contribuir para manter o ritmo de ganho de peso. “Doenças respiratórias são muito sérias, atrapalham muito o ganho de peso dos animais e pode levar até a morte”, declara. “Então a gente consegue manter o curral sem ter poeira, durante todo o período da seca, até a volta do período chuvoso”.
Além deste cuidado específico, o confinamento segue um rigoroso programa de engorda dos animais. Os bois seguem dois tipos de dieta, até que fiquem prontos para o abate. “Neste primeiro momento ele começa a receber a dieta 1. Essa dieta 1 é para preparar o animal que vem de pasto para a qualidade da dieta de engorda do confinamento. Então ela ajuda o anima a se desenvolver mais rápido, se adaptar à comida muito bem. Logo após o décimo dia, este animal já está apto a engordar muito rápido. E aí vem a dieta 2, que tem o objetivo de fazer o animal ganhar o maior número de peso por dia, com o menor custo possível”, explica.

Ração
A ração é preparada na própria fazenda com silagem de cana e sorgo, melaço, caroço de algodão, farelo de soja e minerais. Depois de misturar os ingredientes, o alimento é levado direto para os currais. O veículo tem velocidade regulada e a quantidade de ração que cai no cocho também é controlada. O alimento fresco é servido sete vezes por dia, em horários determinados.
“O confinamento começa a fazer o trato às 7h10 da manhã e vai até às 11h da manhã. São feitos três tratos para cada curral. Nesse período, são distribuídos 40% da dieta do dia inteiro. Na hora do almoço, que o sol está mais quente, a gente deixa o animal acabar com toda a comida que está disponível para eles. E aí nós reiniciamos o trato que vai até às 6h da tarde. E é o suficiente para que até o início do outro dia o animal sempre tenha comida a sua disposição”, declara o agrônomo.

Os animais ficam em média 80 dias confinados até que alcancem o peso ideal, cerca de 500 quilos, antes de irem para o frigorífico. A média de engorda é de quase dois quilos por dia. Todo o processo que vai garantir a qualidade das carcaças é monitorado por 80 funcionários.
“Nós temos equipes para as linhas de confinamento, que todos os dias passam de manhã e à tarde, em cada curral, para conferir se tem algum animal com algum problema de saúde ou outro, para que seja levado à enfermaria do confinamento. Tudo aqui é controlado. Nós temos todos os ingredientes das rações, todos os animais, de onde eles vieram, quando eles vieram. As vacinas de cada animal. É como se cada animal tivesse uma carteira de identidade.

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