MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Falta de manutenção em ambulâncias do Rio é alvo de denúncia desde 2005

 

Vereadores comunicaram condições dos veículos o MP e ao prefeito.
Toesa, empresa que administra o serviço, disse que não vai se pronunciar.

Do RJTV
Documentos da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro revelam que a falta de manutenção das ambulâncias da Toesa é denunciada, pelo menos, desde 2005.
Imagens gravadas na tarde desta quarta-feira (14) na porta da principal unidade de saúde da prefeitura, o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, mostram que a Toesa continua prestando serviço ao município.

O problema é que o histórico de situações sobre a falta de conservação dos veículos da Toesa só aumenta. As denúncias, segundo o vereador Carlos Eduardo (PSB), presidente da Comissão, foram encaminhadas ao Ministério Público.

Como a de maio de 2007, quando uma mulher morreu logo após dar a luz. Ela teve hemorragia e ficou cinco horas à espera de uma ambulância para transferi-la para uma unidade com UTI.
Em 2009, as precárias condições dos veículos que faziam as remoções fizeram a Comissão de Saúde da Câmara comunicar, inclusive, ao prefeito Eduardo Paes.

“Não só as ambulâncias estão em péssimas condições, como também, muitas vezes, são inapropriados para realizar esse atendimento”, disse o vereador Carlos Eduardo.
Denúncia de fraude
No ano passado, a Toesa foi acusada de fraudar uma licitação para fazer a manutenção de veículos de combate à dengue com preços superfaturados. A investigação foi aberta pelo Ministério Público em abril de 2010, depois de um reportagem do RJTV. Em agosto de 2011, a empresa foi proibida de participar de licitações e de assinar contratos com a Secretaria estadual de Saúde por dois anos.

Devido as falhas na prestação do serviço de ambulâncias, a prefeitura decidiu rescindir o contrato de prestação do serviço de ambulâncias com a Toesa. Mas depois de seis meses, o processo ainda não foi concluído.
Mulher é atropeladaNa segunda-feira (12), uma mulher morreu atropelada por uma ambulância da Toesa, no pátio do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste, que estava a serviço da prefeitura do Rio. Segundo testemunhas, o freio não funcionou.
“Foi uma covardia o que fizeram com a minha irmã, ser atropelada por uma ambulância que não tinha condição de estar trabalhando, rodando. e aconteceu tudo isso”, disse José Carlos de Andrade, irmã da vítima.
Multas
A Secretaria municipal de Saúde informou que desde 2010 vem aplicando multas com valores progressivos à Toesa. E que o processo de rescisão não é automático, porque tem que obedecer a etapas legais. Segundo a secretaria, num prazo máximo de duas semanas, a Toesa deve deixar de prestar serviços ao município.
Atendendo a um pedido do Ministério Público, a Justiça determinou que a Toesa atendesse em, no máximo, 15 minutos os chamados dos hospitais. A decisão também obrigou o município do Rio a realizar uma nova licitação para selecionar outra empresa para prestar o serviço com ambulâncias.

A Toesa enviou uma nota informando que não vai se pronunciar sobre o caso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário