Exportadores estão internalizando recursos no Brasil, diz especialista.
No acumulado do ano, ingresso de dólares soma US$ 67,9 bilhões.
O Banco Central informou nesta quarta-feira (14) que a entrada de dólares no país superou a saída de divisas em US$ 8,12 bilhões na parcial de setembro, até a última sexta-feira (9). Somente na semana passada, US$ 2,85 bilhões ingressaram na economia.
Com isso, o ingresso de recursos no país se acelerou frente ao registrado em agosto, quando houve a entrada de US$ 4,15 bilhões no país.
Exportadores 'internalizam' recursos
O economista da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, especialista no mercado de câmbio, explicou que os exportadores estão aproveitando a alta do dólar, que é resultado da queda da taxa básica de juros da economia brasileira de 12,50% para 12% ao ano e da crise financeira internacional, para internalizar recursos no país.
"O que sustentou o fluxo positivo foi a entrada de exportações. Havia dólares estocados no exterior já liquidados. No final de agosto, tínhamos um estoque de de US$ 12 bilhoes liquidados e não ingtressados. Com a melhora da taxa de câmbio, entrou uma parte destes dólares", explicou o economista.
Contas comercial e financeira
Os números do BC confirmam que a entrada de recursos registrada na parcial de setembro aconteceu principalmente por conta das operações comerciais - fechamento de contratos de câmbio para exportações e importações. Neste segmento, US$ 4,31 bilhões entraram no país no acumulado deste mês.
No caso da conta financeira - por onde transitam os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros - houve a entrada de US$ 3,8 bilhões do Brasil na parcial deste mês.
Acumulado do ano
Já no acumulado deste ano, até a última sexta-feira (9), a entrada de divisas na economia brasileira, de acordo com a autoridade monetária, totalizou US$ 67,93 bilhões, com crescimento de 178,9% frente a todo o ano de 2010 - quando US$ 24,35 bilhões entraram no país.
A entrada de dólares, na parcial de 2011, registrada principalmente até o mês de julho, já é a segunda maior da história, mesmo sem o ano ter acabado, ficando abaixo apenas de 2007. Em todo aquele ano, US$ 87,45 bilhões ingressaram na economia brasileira.
Impacto na cotação do dólar
A entrada de recursos no país, segundo analistas, teoricamente favoreceria a queda do dólar. A moeda norte-americana, porém, tem subido nos últimos dias. Sidnei Moura Nehme explicou que, apesar de os epxortadores estarem internalizando recursos, também há saída de divisas nas útlimas semanas.
"Os bancos, na realidade, inverteram suas posições. Agora estão comprados no mercado físico. Sabendo que está aumentando a demanda por remessas de dividendos, lucros e juros ao exterior, por conta da crise, eles puxam a taxa [para cima]. Mas os bancos estão vendidos no mercado futuro. O que deixa evidente de que eles acreditam que a taxa de câmbio vai cair. A alta do dólar vai continuar por um tempo, mas, lá na frente, deve cair de novo. Vai ficar em R$ 1,60 a R$ 1,65 no fim deste ano", disse o economista da NGO Corretora.
Com isso, o ingresso de recursos no país se acelerou frente ao registrado em agosto, quando houve a entrada de US$ 4,15 bilhões no país.
Exportadores 'internalizam' recursos
O economista da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, especialista no mercado de câmbio, explicou que os exportadores estão aproveitando a alta do dólar, que é resultado da queda da taxa básica de juros da economia brasileira de 12,50% para 12% ao ano e da crise financeira internacional, para internalizar recursos no país.
"O que sustentou o fluxo positivo foi a entrada de exportações. Havia dólares estocados no exterior já liquidados. No final de agosto, tínhamos um estoque de de US$ 12 bilhoes liquidados e não ingtressados. Com a melhora da taxa de câmbio, entrou uma parte destes dólares", explicou o economista.
Contas comercial e financeira
Os números do BC confirmam que a entrada de recursos registrada na parcial de setembro aconteceu principalmente por conta das operações comerciais - fechamento de contratos de câmbio para exportações e importações. Neste segmento, US$ 4,31 bilhões entraram no país no acumulado deste mês.
No caso da conta financeira - por onde transitam os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros - houve a entrada de US$ 3,8 bilhões do Brasil na parcial deste mês.
Acumulado do ano
Já no acumulado deste ano, até a última sexta-feira (9), a entrada de divisas na economia brasileira, de acordo com a autoridade monetária, totalizou US$ 67,93 bilhões, com crescimento de 178,9% frente a todo o ano de 2010 - quando US$ 24,35 bilhões entraram no país.
A entrada de dólares, na parcial de 2011, registrada principalmente até o mês de julho, já é a segunda maior da história, mesmo sem o ano ter acabado, ficando abaixo apenas de 2007. Em todo aquele ano, US$ 87,45 bilhões ingressaram na economia brasileira.
Impacto na cotação do dólar
A entrada de recursos no país, segundo analistas, teoricamente favoreceria a queda do dólar. A moeda norte-americana, porém, tem subido nos últimos dias. Sidnei Moura Nehme explicou que, apesar de os epxortadores estarem internalizando recursos, também há saída de divisas nas útlimas semanas.
"Os bancos, na realidade, inverteram suas posições. Agora estão comprados no mercado físico. Sabendo que está aumentando a demanda por remessas de dividendos, lucros e juros ao exterior, por conta da crise, eles puxam a taxa [para cima]. Mas os bancos estão vendidos no mercado futuro. O que deixa evidente de que eles acreditam que a taxa de câmbio vai cair. A alta do dólar vai continuar por um tempo, mas, lá na frente, deve cair de novo. Vai ficar em R$ 1,60 a R$ 1,65 no fim deste ano", disse o economista da NGO Corretora.
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