MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Em defesa ao STF, Delúbio Soares nega mensalão e se declara 'pobre'

 

Advogados entregaram alegações finais no processo do mensalão.
'Homem desprendido, Delúbio vive com simplicidade', afirmou defesa.

Débora Santos Do G1, em Brasília
Ao negar a participação de Delúbio Soares no mensalão, a defesa do ex-tesoureiro do PT disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele é "pobre" e vive com “simplicidade”.
Nas alegações finais, entregues ao tribunal nesta quinta-feira (8), os advogados voltaram a negar a existência do suposto esquema de compra de apoio político de parlamentares durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, .
“Homem desprendido, Delúbio vive com simplicidade, é pobre, a despeito dos tantos milhões que passaram por suas mãos. Por isso mesmo, goza de imenso respeito entre os que compartilham suas posições políticas”, afirmaram os advogado Arnaldo Malheiros Filho e Celso Sanchez Vilardi.
Expulso da legenda em 2005 por causa do suposto envolvimento, Delúbio foi refiliado ao PT em abril deste ano. Réu no processo do mensalão, o ex-tesoureiro responde pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.
Na denúncia, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, aponta Delúbio como “elo entre o núcleo político e os núcleos operacionais do suposto esquema, responsáveis por captar o dinheiro para a compra de apoio".
De acordo com a defesa, o dinheiro dos empréstimos feitos ao PT pelos bancos BMG e Rural, por meio do empresário Marcos Valério, foram usados para pagar dívidas de campanha dos partidos aliados da mesma coligação. Como fizeram outros réus no processo, Delúbio nega que o mensalão tenha existido.
“É que no momento em que foi formada uma aliança partidária entre o PT e outras agremiações, decidiu o Diretório Nacional que os custos de campanha seriam partilhados, de forma a garantir a manutenção e possível expansão das votações dos aliados. Isso jamais foi condicionado à prática de atos de ofício de parlamentares, como emissão de pareceres ou votos”, afirmaram os advogados.
Os advogados voltaram a reclamar de falta de acesso a depoimentos dos autos e alegaram que a defesa foi restringida ao longo do processo. Para os advogados de Delúbio, no caso do mensalão houve ainda uma condenação prévia por parte opinião pública.
“Este processo, desde a fase investigatória parlamentar, não conseguiu produzir contra ele provas de que tivesse corrompido parlamentares em troca de votos ou de que participasse de alguma organização criminosa. Mas produziu escárnio e repulsa em camadas esclarecidas da sociedade. Pré-condenaram-no e não querem saber o que os autos contêm”, avaliou a defesa.
Fase final
Com o fim do prazo para alegações finais do réus, o processo do mensalão chegou à fase final nesta quinta-feira (8).
Quatro anos depois de aceita a denúncia pelo STF, em 2007, esta é a última manifestação dos advogados antes da elaboração do voto do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa.
Na sequência, o processo seguirá para o ministro Ricardo Lewandowski, que é o revisor neste caso, antes de ser incluído na pauta do plenário. Ainda não há data prevista para o julgamento

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