MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Capixabas usam remédio destinado à diabetes como emagrecedor

 

Produto pode causar doenças, dizem médicos.
Anvisa diz não reconhecer a indicação para emagrecimento.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
Para buscar o emagrecimento rápido e à qualquer custo, muitos capixabas têm arriscado a saúde utilizando remédios em vez dos métodos tradicionais, como boa alimentação e exercícios físicos. O medicamento da vez é destinado ao controle da diabetes, mas tem como efeito colateral o emagrecimento. Só que, neste caso, segundo os médicos, é preciso ficar atento porque, além da perda de peso, o remédio pode desenvolver algumas doenças.
Segundo a endocrinologista Lusanere Cruz, o emagrecimento é apenas um dos efeitos colaterais do remédio. "O medicamento é um análogo, substância parecida com um hormônio que a gente produz, o GLP-1. Esse hormônio diminui o apetite e o esvaziamento gástrico, fazendo com que as pessoas se sintam mais cheias. Além disso, dá náuseas, diarreia e você acaba emagrecendo. É um remédio excelente, mas só para quem tem diabetes", disse.
De acordo com a médica, um dos efeitos do medicamento pode ser o desenvolvimento da hipoglicemia. "Como foi feito pro diabético, o remédio pode dar hipoglicemia, uma doença séria que pode deixar a pessoa desacordada e até perder a consciência. E têm alguns efeitos que a gente ainda não conhece, porque essa droga não foi estudada para o obeso. Então, estamos diante de uma caixinha de surpresas", conta Lusanere Cruz.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a indicação de uso do medicamento, aprovada para comercialização no Brasil em março de 2010, é como "adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes tipo 2".
Em nota, a Anvisa diz não reconhecer a indicação do medicamento para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população".
Procura
Apesar dos riscos, o medicamento tem sido muito requisitado nas farmácias do estado. O preço do remédio é considerado caro, mas mesmo assim a procura é grande "Ele não é barato, custa em média R$ 370. E a procura tem sido grande, muitos curiosos querem o remédio. Mas, só é vendido com prescrição médica", disse o farmacêutico Paulo Palácio.

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