MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Após focos de aftosa, Brasil proíbe importação de carne do Paraguai

 

Medida foi anunciada pelo superintendente federal de agricultura em MS
Baez também anunciou intensificação das barreiras sanitárias na fronteira

Ricardo Campos Jr. Do G1 MS
Após a descoberta de um foco de febre aftosa no Paraguai, o governo brasileiro proibiu nesta segunda-feira (19) a entrada no país de carne e subprodutos de origem animal do país vizinho e vai intensificar as barreiras sanitárias nas regiões de fronteira. As informações são do superintendente federal de agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez.
Segundo ele, o bloqueio é comum quando focos da doença são notificados e devem ser seguidos por outros países que exportam carnes paraguaias.
Quando ao trabalho de fiscalização na fronteira, haverá um aumento de efetivo para otimizar o trabalho rotineiro das equipes volantes, compostas por um veterinário e um policial do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) cedido pelo estado.
Eles percorrem as rodovias e verificam os veículos que transportam animais, exigindo a apresentação da Guia de Transporte Animal (GTA). Caso não seja apresentada, os animais são encaminhados para abate.
“São medidas de rotina, só vamos intensificar os trabalhos na fronteira. Vamos também dar uma incrementada nos escritórios da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) nas estruturas físicas desses locais. Vamos ver se trazemos mais fiscais e veterinários”, diz Baez.
No caso das importações, os responsáveis pelas cargas de produtos paraguaios flagradas em território brasileiro serão notificados.
Emergência sanitária
O governo do Paraguai decretou situação de emergência sanitária e animal na localidade de Sargento Loma, no distrito de San Pedro. A doença foi diagnosticada em 13 animais de propriedade na região. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (19), assinado pelo presidente Fernando Lugo.
A área fica 150 quilômetros distante do município brasileiro de Iguatemi, em Mato Grosso do Sul.
A secretaria de Produção, Tereza Cristina Correia da Costa, disse que a proteção da região de fronteira já começou a ser feita, com apoio do Exército, que já estava na área desde a última semana, na Operação Ágata.
A secretária disse que o apoio pode ser oferecido, com envio de vacinas e logística, mas isto depende do aval do governo paraguaio, negociação que deve ser feita por intermédio do Mapa. Além disso, o governo de Mato Grosso do Sul irá intensificar ações de sanidade com os produtores rurais da região de fronteira.
A preocupação, segundo Tereza Cristina, é com os contraventores que podem tentar atravessar gado paraguaio pela fronteira em Mato Grosso do Sul. “Temos que ter muito cuidado, em três ou quatro horas, eles passam fronteira”.
O Estado tem rebanho estimado em 22 milhões de animais, 800 mil somente na Zona de Alta Vigilância (ZAV), região formada por 13 municípios da região de fronteira com paraguaia. A ZAV foi determinada depois da existência de foco de febre aftosa, em 2005.
No dia 22 de março de 2011, o Mapa reconheceu a ZAV como área livre de febre aftosa com vacinação.

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