Estudantes da zona rural de Poconé estão sem aulas há duas semanas.
Empresa terceirizada de ônibus parou de trabalhar por falta de pagamento.
Estudantes da zona rural de Poconé, a 104 quilômetros de Cuiabá, estão sem ir à escola há duas semanas por falta de transporte. A empresa de ônibus que prestava serviço terceirizado parou as atividades por falta de pagamento. Agora, a preocupação dos professores, que continuam cumprindo a carga horária mesmo sem aluno, é quanto à reposição das aulas. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promete solucionar o problema do repasse até esta sexta-feira (16).
A maioria dos 412 alunos da Escola Estadual Antônio Garcia, localizada na BR-070 entre Cuiabá e Cáceres, está sem ir à aula. "A nossa escola depende 90% do transporte. Todos os nossos alunos são de comunidades vizinhas e assentamentos", disse a diretora da unidade, Rosângela Roquetti. Ela explica que é preciso ter um percentual mínimo de alunos em sala de aula para se considerar período letivo e que atualmente não está sendo atingido, o que afeta todos os alunos da instituição.
A situação tem revoltado os pais dos alunos, que cobram uma solução para o problema. A comerciante Shyrlei Fonseca, por exemplo, considera absurdo ter professores e funcionários na escola sem que os alunos possam frequentar a escola. "Isso é muito revoltante porque a gente está fazendo de tudo para a escola funcionar e é um absurdo ter professor, funcionário e não ter aluno", reclamou.
O estudante Thiago Souza Antunes, de 16 anos, que cursa o 1º ano do ensino médio, mora em um assentamento rural a 25 quilômetros da unidade escolar. Ele diz se sentir prejudicado com a perda de aulas. "Chego aqui na escola e vejo as salas vazias. Não quero parar de estudar, quero me formar", pontuou. Um dos cinco ônibus que fazem o transporte dos alunos está parado no pátio da escola há quase 15 dias.
A Secretaria de Educação de Poconé alegou que há dois meses a Secretaria de Estado de Educação não efetua o repasse de recursos ao município. "O município diz que o estado que não repassa o recurso e o estado diz que o município é que não sabe gerir os recursos direito. Enquanto isso, os estudantes e a comunidade escolar ficam em meio a esse impasse", disse o diretor da Escola Estadual Dom Francisco Aquino Corrêa, Jocimar Jesus de Campos.
De 10 alunos da unidade, nove moram na zona rural, segundo o diretor. Com poucos estudantes, as aulas de Português são ministradas no pátio. O problema é que quando normalizar o transporte, os professores são obrigados a passar novamente o conteúdo para os que faltaram.
Por meio de nota à imprensa, a Seduc informou que o atraso no repasse da quinta parcela para o pagamento do transporte escolar se deu por causa de um remanejamento orçamentário nas contas do governo e que a situação será regularizada até esta sexta-feira (16). Ainda de acordo com a Seduc, o governo do estado é responsável pela complementação do transporte na área rural em oito parcelas e que quatro delas já teriam sido pagas. Sobre a frequência escolar dos alunos que ficaram sem ônibus, caberá à assessoria pedagógica de cada município regularizar a reposição das aulas e conteúdos.
A maioria dos 412 alunos da Escola Estadual Antônio Garcia, localizada na BR-070 entre Cuiabá e Cáceres, está sem ir à aula. "A nossa escola depende 90% do transporte. Todos os nossos alunos são de comunidades vizinhas e assentamentos", disse a diretora da unidade, Rosângela Roquetti. Ela explica que é preciso ter um percentual mínimo de alunos em sala de aula para se considerar período letivo e que atualmente não está sendo atingido, o que afeta todos os alunos da instituição.
A situação tem revoltado os pais dos alunos, que cobram uma solução para o problema. A comerciante Shyrlei Fonseca, por exemplo, considera absurdo ter professores e funcionários na escola sem que os alunos possam frequentar a escola. "Isso é muito revoltante porque a gente está fazendo de tudo para a escola funcionar e é um absurdo ter professor, funcionário e não ter aluno", reclamou.
O estudante Thiago Souza Antunes, de 16 anos, que cursa o 1º ano do ensino médio, mora em um assentamento rural a 25 quilômetros da unidade escolar. Ele diz se sentir prejudicado com a perda de aulas. "Chego aqui na escola e vejo as salas vazias. Não quero parar de estudar, quero me formar", pontuou. Um dos cinco ônibus que fazem o transporte dos alunos está parado no pátio da escola há quase 15 dias.
Aulas perdidas pelos alunos deverão ser repostas.
(Foto: Reprodução/TVCA)
Outra reclamação é em relação à precariedade dos veículos, como afirmou a agente comunitária de segurança Maria Aparecida Ferreira. De acordo com a estudante do 2º ano do ensino médio, os ônibus estão velhos, não possuem extintor de incêndio e nem cinto de segurança. Ela estuda no período noturno e diz que todos os dias vai para a escola preocupada se conseguirá retornar porque, segundo ela, os veículos também apresentam problemas no freio e não têm sinal de alerta.(Foto: Reprodução/TVCA)
A Secretaria de Educação de Poconé alegou que há dois meses a Secretaria de Estado de Educação não efetua o repasse de recursos ao município. "O município diz que o estado que não repassa o recurso e o estado diz que o município é que não sabe gerir os recursos direito. Enquanto isso, os estudantes e a comunidade escolar ficam em meio a esse impasse", disse o diretor da Escola Estadual Dom Francisco Aquino Corrêa, Jocimar Jesus de Campos.
De 10 alunos da unidade, nove moram na zona rural, segundo o diretor. Com poucos estudantes, as aulas de Português são ministradas no pátio. O problema é que quando normalizar o transporte, os professores são obrigados a passar novamente o conteúdo para os que faltaram.
Por meio de nota à imprensa, a Seduc informou que o atraso no repasse da quinta parcela para o pagamento do transporte escolar se deu por causa de um remanejamento orçamentário nas contas do governo e que a situação será regularizada até esta sexta-feira (16). Ainda de acordo com a Seduc, o governo do estado é responsável pela complementação do transporte na área rural em oito parcelas e que quatro delas já teriam sido pagas. Sobre a frequência escolar dos alunos que ficaram sem ônibus, caberá à assessoria pedagógica de cada município regularizar a reposição das aulas e conteúdos.
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