MPE-MT questiona valor de R$ 74 mil para relógio que conta dias para Copa
Ministério Público de Mato Grosso abriu um inquérito para apurar o caso.
Agecopa disse que fez licitação para contratar responsável por equipamento.
Relógio regressivo foi inaugurado quando faltavam
mil dias para a Copa. (Foto: Agecopa)
O relógio inaugurado em Cuiabá para contar os dias que faltam para a Copa do Mundo de 2014 vai custar R$ 74 mil para o governo do estado. A quantia é correspondente apenas ao período de 60 dias de vigência do contrato publicado no Diário Oficial do Estado, o que equivale ao valor de R$ 1.233 por dia. O Ministério Público de Mato Grosso abriu um inquérito para investigar o caso.mil dias para a Copa. (Foto: Agecopa)
“O valor e o prazo do contrato chamaram a atenção do Ministério Público e de toda a sociedade. Nós queremos uma explicação sobre isso”, comentou o promotor Clóvis de Almeida Júnior, que está responsável pelo caso. Ele disse que pediu esclarecimentos oficiais à Agência de Execução dos Projetos da Copa (Agecopa), autarquia que será extinta e dará lugar à Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa).
Em entrevista à TV Centro América, o presidente da Agecopa e futuro secretário da Secopa, Eder Moraes, disse que foi realizado um processo público de licitação aberto a qualquer fornecedor. “Foi o preço público e licitado. Neste momento, estamos realizando um processo de aquisição de um [telão] LED melhor do que aquele que está lá”, comentou.
Contrato de R$ 74 mil firmado entre governo e
empresa (Arte: Marcus Aurélio / G1 MT)
O relógio, que funciona regressivamente, foi inaugurado há uma semana quando faltavam mil dias para o Mundial de Futebol. O painel de LED possui estrutura metálica de 4mx2,40 metros e está instalado em frente à sede da Agecopa, na Avenida Lapés, no bairro Popular, na capital.empresa (Arte: Marcus Aurélio / G1 MT)
Ainda segundo Éder Moraes, o painel oficial também servirá como prestador de contas das obras da Copa do Mundo em Cuiabá. “Este painel fornecerá informações sobre a transparência que nos é cobrada, como o posicionamento dos projetos da Copa e os gastos com a Copa do Mundo”, declarou.
No entanto, segundo o promotor Clóvis Almeida, o Ministério Público quer explicação sobre o prazo de contratação e como será a gestão do contrato firmado com a empresa. Após os dois meses de vigência do contrato, questionou o promotor, será feita uma outra licitação para a contratação de uma empresa para gerir o relógio até o início da Copa. “A partir da informação oficial que for repassada, a gente pode até arquivar ou continuar a investigação. Por enquanto, ainda não há indício de fraude ou direcionamento”, concluiu o promotor.
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